Como sempre faço pela manhã leio artigos e as notícias do dia. Dependendo do artigo releio, recorto e guardo comigo. A coluna de Delfim Neto na Folha, por exemplo, é publicada na quarta. Para minha surpresa durante a leitura logo percebi que o artigo de ontem (dia 11), não era de sua autoria.
O artigo começa assim: "Desde o impeachment, em agosto de 2016, boa parte dos economistas, analistas e até uma importante fatia dos colegas que escrevem sobre temas econômicos e financeiros deixaram de lado a racionalidade e entraram para a torcida".
A torcida como a autora se refere no texto, é formada pelos adeptos do impeachment. No meio do artigo a falta de racionalidade desse grupo é destacada: "Se a torcida apenas alimentasse um positivo e produtivo sentimento de esperança, tudo bem. Pessoas são mais produtivas quando otimistas. Mas não. Com ela tentou-se subverter até a realidade dos fatos. Só que a realidade se impôs. Nesses dois anos, a dívida bruta passou de 69% do PIB para 77%; a taxa de investimento recuou mais de 50%; e que o número mais dramático está no mercado de trabalho - onde cerca de 1,2 milhão perderam o emprego".
Alexa Salomão encerra assim seu artigo: "Passada a Copa, onde a torcida é parte do jogo, a economia seguirá paralisada, desta vez pelo embate político. O Brasil segue submergindo na torcida." (*)
(*) Quem escreveu, excepcionalmente, a coluna reservada a Delfim Netto, sob o título "Submergindo na torcida", foi a editora de Mercado da FSP, Alexa Salomão.
A outra grande surpresa do dia veio no fim da tarde, quando soube que a Croácia estava na final. Que belo resultado, surpreendente mas justo. Independente do nosso fracasso, os jogos tem sido de qualidade, valorizando o futebol coletivo e dando visibilidade a novos talentos. Sei pouco da Rússia que organizou a Copa e menos ainda da Croácia que chegou na final, mas dá para dizer: nos surpreenderam.
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