terça-feira, agosto 14, 2018

Eleições 2018: faltam motivação e informação

Como não assisti ao primeiro debate dos presidenciáveis, que não contou com a participação daquele que lidera todas as pesquisas, tenho procurado saber a opinião de pessoas comprometidas com o tema. 

Flávio Tavares, jornalista e escritor, embora muitas vezes cético com o rumo da nossa jovem democracia, é uma referência para mim. Sobre o primeiro debate, seu comentário é que "nada se debateu". E o que vem por aí, é como se o futuro não existisse. Os grandes temas vão passar ao largo, como se estivéssemos no melhor dos mundos.

Nada foi dito sobre a degradação do meio ambiente, comenta Flávio. Tema central de qualquer país desenvolvido, já que une ciência e política. Quem esperava ouvir dos candidatos que se apresentaram no debate uma atenção especial com o tema se frustou. 

Quem queria ouvir sobre o flagelo do desemprego, que atinge milhões de brasileiros, também se frustou. Apesar da demagogia com que alguns trataram o assunto, prometendo criar empregos em larga escala, ninguém indicou os caminhos para se chegar ao pleno emprego.

Para Flávio, como sempre, promessas não faltaram: até Ciro Gomes prometeu "tirar do SPC todos os devedores", numa iniciativa esdrúxula e demagógica, em busca do voto dos endividados...

Em resumo: o debate em nada ajudou o eleitor.  E nem o candidato. Que pobreza. 


Ao lado, cópia do meu primeiro material de campanha. Ano de 1990, candidato a deputado estadual pelo PT. O mote da campanha, a defesa do meio ambiente. Compromisso que até hoje carrego comigo. No verso desse singelo material, uma preocupação: a valorização do voto. A necessidade de conhecer melhor os candidatos e avaliar com cuidado seu passado, seus compromissos e sua prática. Já dizia naquela época: "É possível, sim, através do voto, varrer esta sujeira que há anos domina a política do país e nos enche de vergonha". 

Quase trinta anos se passaram. Não vejo nenhuma mudança. E se teve foi para pior. Infelizmente, regredimos.

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