segunda-feira, setembro 17, 2018

Mulheres Unidas Contra Bolsonaro (atualizado)

O movimento "Mulheres Unidas Contra Bolsonaro" já deve ter chegado a casa de dois milhões de seguidoras. Quando minha filha saiu de Berlim, no dia 12, eram 800 mil. Quando desceu em Florianópolis, já tinha passado a marca de 1 milhão. Ninguém esperava por isso: independente de cor partidária as mulheres estão se unindo contra quem, repetidas vezes, ataca e ofende todas elas .

O estrago nas redes sociais já se faz sentir. Segundo as pesquisas, cresce entre as mulheres a rejeição ao candidato Jair  Bolsonaro. O movimento já se tornou a grande novidade dessa eleição.  Aliás uma eleição que não vem empolgando ninguém. Só por isso, já devemos agradecer a todas as mulheres envolvidas no movimento. Tanto pelo protagonismo, como pela demonstração de união que estão dando.

Quem acompanha o blog já deve ter percebido que evito falar em Bolsonaro e nem costumo fazer projeções sobre quem irá nos governar em 2019. Horário Eleitoral Gratuito, nem pensar. Apenas promessas, nada além de promessas. Não tenho Facebook e nem penso em ter. Fake news, tô fora. O que costumo comentar no blog é o que sinto: um país dividido e uma sociedade regredindo em valores. Em razão disso o que  preocupa não é o Bolsonaro, sim os que votam nele. São seguidores, não eleitores. Como se fossem recrutas, seguem cegamente as ordens do capitão. Claro que esse tipo de   comportamento não ajuda em nada. Muito menos contribui para consolidar uma jovem democracia como a nossa.

PS- Pesquisas recentes mostram uma crescente rejeição a Bolsonaro. Mesmo assim, as possibilidades de estar num segundo turno são reais. Por outro lado, no segundo turno, as mesmas pesquisas apontam sua fragilidade diante qualquer outro candidato. Sem perceber, se meteram numa armadilha política. Estão  ajudando a eleger quem eles menos gostariam que fosse eleito.


ATUALIZADO EM 18/09


O comentário acima já estava postado quando hackers tentavam derrubar a página de Facebook "Mulheres Unidas Contra Bolsonaro", criada por eleitoras que rejeitam o presidenciável. Como tinha destacado, o movimento das mulheres é o fato novo dessa eleição. Percebendo a força do movimento, hackers partiram para o ataque. Em nota, o Facebook disse que está  agindo com toda a celeridade possível para identificar os responsáveis. E que achem logo. O ataque além de antidemocrático é também machista. 

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