Santuário do Bom Jesus de Matozinhos - Congonhas (MG)
Enquanto a busca por sobreviventes da tragédia de Brumadinho já dá sinais de que os desaparecidos estão mortos, o sentimento de revolta e de desalento só cresce. A direção da Vale sabe que de baixo da lama não há mais vida. Para amenizar sua responsabilidade anunciou o fim da operação de suas barragens identificadas como de risco. Ao meu ver, uma verdadeira confissão de culpa.
Por mais que a Vale queira se mostrar sensibilizada com o ocorrido em Brumadinho e Mariana, sua imagem é a cara da tragédia. Seu destino é conviver com a lama que produziu e com as mortes que a perseguem. Sem falar em outros desastres que podem ocorrer.
Em Congonhas, cidade histórica, com mais de 50 mil habitantes e um importante acervo das obras do Aleijadinho, a tensão é grande. Segundo o promotor ambiental Alcântara Galvão, que acompanha a barragem de Congonhas há muitos anos, o risco é grande. A barragem fica praticamente dentro da cidade, está a 250 metros da área urbana de Congonhas, com 50 milhões de m³ de rejeito. Uma bomba de lama.
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