Para não passar os 100 dias de governo sem uma nova trapalhada, ontem (08/4), o governo Bolsonaro confirmou a exoneração do presidente da APEX, Mario Vilalva. O "fogo amigo", alimentado pelo ministro das Relações Exteriores, Ricardo Araújo, já vinha há muito tempo. Portanto o clima de guerra na APEX, pós demissão do então presidente não esperou o dia raiar. Segundo declarações de Vilalva à Folha "O documento foi feito na calada da noite, sem o meu conhecimento".
Mario Vilalva abandonou as boas práticas da diplomacia e saiu atirando. O presidente da agência de promoção de exportações do Brasil, acusa o chanceler Araújo de deslealdade e os diretores por ele indicados de "despreparados, inexperientes, inconsequentes e irresponsáveis".
Não conheço os motivos para tanto rancor. No balanço dos 100 dias, mais um "abacaxi" para o Bolsonaro descascar. Desgoverno é bem assim, um mico por semana. Nesse caso da APEX, em particular, lavar roupa suja em público é um grande desserviço. Num setor que envolve comércio internacional, novos negócios e possibilidade de criação de emprego, expor o Brasil como fizeram aumenta a desconfiança do mundo sobre nós.
PS - A APEX é uma agência que promove a entrada de produtos brasileiros, com valor agregado, no mercado internacional. Inicialmente vinculada ao Ministério da Indústria e Comércio, recentemente passou para o Ministério das Relações Internacionais. Como presidente do Instituto IDEAL, a convite da APEX, já falei sobre mercado da energia solar no Brasil, em três dos seus eventos: em São Francisco e Washington (USA) e em Santiago, no Chile.
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