sexta-feira, maio 17, 2019

Collor e Bolsonaro: a história se repete (1992/2019)

Quem é da minha geração deve  lembrar da eleição de Collor, do confisco de Zélia e do caos que se estabeleceu no país. Ainda guardo na memória a primeira manifestação contra o governo recém eleito do "caçador de marajás". O local escolhido, o de sempre: em frente a Catedral.  Como Bolsonaro, Collor também tinha  fiéis seguidores. Nos primeiros atos de protesto poucos jovens se envolveram. Cabiam numa kombi, como se dizia na época. Havia um clima de medo no ar. Depois as manifestações cresceram. Quando Collor foi definitivamente afastado, as ruas foram tomadas por milhões de pessoas que festejavam sua saída. Unidos, sem questionamentos, o povo entendeu o seu papel histórico e foi à luta.






O tempo passou e Collor também.  Em Florianópolis, na última quarta-feira, 15, em frente a Catedral, 30 mil de pessoas se uniram para protestar contra o desgoverno de Bolsonaro. Quase trinta anos se passaram e a história se repete. Novamente, o povo entendeu que chegou a hora de dar um basta. Só que agora, o primeiro recado que veio das ruas foi dado por uma multidão. Como mostra a bela foto do meu amigo e grande fotógrafo Sérgio Vignes.

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