quarta-feira, agosto 14, 2019

Bolsonaro, Macri e as prévias na Argentina

A acachapante derrota de Macri, domingo, 11, durante as prévias na Argentina, de imediato refletiu aqui: a bolsa caiu 2% e o dólar passou dos R$ 4,00. Lá foi pior ainda, o peso desabou: com U$$ 1,00 se compra agora mais de 60 pesos. Em 2015, ano que Macri se elegeu, eu cursava o posgrado na Universidade de Belgrano em Buenos Aires. O dólar valia 15 pesos. Pobre Argentina.

O apoio público de Bolsonaro a Macri de nada adiantou. Penso que até contribuiu para a derrota de domingo. Faltou uma melhor orientação da diplomacia brasileira. Um presidente não deve se envolver de forma tão acintosa na eleição de um país vizinho, com fortes relações comerciais como é o caso da Argentina. Que sirva de lição. (*)

A Argentina, para quem não sabe, tem suas peculiaridades. Na política então é pura emoção. A nova direita latino-americana vai ter que repensar suas estratégias. Países com extrema desigualdade social como os nossos, emprego e renda vão ser sempre prioridade. Os "novos amigos", Bolsonaro e Macri, ao que parece, ainda não perceberam que a humilhante derrota de Macri no último domingo tem a ver com isso.

(*) Achar que o eleitor vai decidir seu voto porque Bolsonaro pediu, só mesmo quem não conhece os argentinos. Em Pelotas, Bolsonaro voltou a provocar os hermanos. Pobre Macri.

PS- Faltou a Macri, durante o seu governo,  olhar para os que mais precisam. Aliás, está escrito na letra da música que o tempo não apaga : "Non llores por mi Argentina".



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