Depois de muita resistência e interesses econômicos, a energia do sol começa a se espalhar e a se consolidar por toda a América. Sempre acreditamos nisso, sabíamos que era só uma questão de tempo. O convencimento veio quinze anos atrás, quando conheci o deputado da Alemanha, Hermann Scheer.
Quando se trata de energia renovável, mudanças climáticas, mundo sustentável, obrigatoriamente, estamos observando tendências e projetando situações de longo prazo. Portanto o que está acontecendo com a energia solar aqui no nosso continente, nesse curto espaço de tempo, é muito animador.
A última publicação da revista SOLARNEWS AMERICA (outubro/2019), vem confirmar essa tendência. Os grandes mercados são EUA, México, Chile e Brasil. Em relação a participação na matriz energética, o Uruguai, proporcionalmente, se destaca graças a uma politica adotada dez anos atrás.Sua matriz energética é a mais renovável do continente.
A implantação dos grandes parques solares é a nova realidade. Os custos estão caindo e a energia solar torna-se a cada ano mais competitiva. No México, uma empresa chinesa acaba de instalar um parque com 296 MW, em Jalisco. E no Chile, graças a boa insolação, proliferam parques com mais de 100 MW.
Nos EUA, uma iniciativa da municipalidade está chamando atenção de todos. Em Lincoln, no Nebraska, a Câmara Municipal aprovou por 6X0, a instalação de um parque solar com 200 mil painéis, dentro do perímetro urbano da cidade. Algo inusitado e impensável alguns anos atrás. É a energia do sol chegando.
No Brasil, as dificuldades ainda não foram de todo superadas. Embora os grandes parques já se mostram competitivos nos leilões de energia, ainda perdura algumas indefinições que preocupam o setor. Essas incertezas estão mais presente na GD (geração distribuída), em razão de uma forte resistência das concessionárias que pressionam a Aneel. Está em curso uma campanha nacional pelo direito do consumidor optar por gerar sua própria energia. É uma boa luta. Junte-se a nós. (*)
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