quarta-feira, março 25, 2020

Coronavírus, o que fazer...

Do nada o coronavírus chegou e se espalhou pelo mundo. Dois dos maiores países do mundo, Estados Unidos e Índia, que até então acompanham de longe as movimentações do vírus, passaram a tomar medidas extremas. A realidade nos assusta e suas consequências, mais ainda.

Pelas manifestações que me chegam, boa parte das preocupações é sobre o "day after". O que fazer? A dúvida é de todos e  respostas não existem. O estrago na economia é real e não dá para esconder. No meio que circulo, o setor fotovoltaico, fornecedores e instaladores querem saber o que vai acontecer. Para quem viu a energia solar nascer, é duro admitir que as consequências virão. Material importado, dólar explodindo, consumo de energia em queda e pouca gente em condições de investir. 

As informações são ainda muito especulativas. Tudo vai depender do tempo do vírus. Quanto antes se resolver melhor. Uma projeção do efeito econômico da quarentena na cidade de São Paulo, é de R$ 2 bilhões por semana. Se você for ler a matéria, o número pode ser outro. E a incerteza permanece.

Um artigo recente me chamou atenção. Impensável, antes do corona vírus. Agora passa a ser visto como um novo olhar econômico para o Brasil. Diante do tsunami viral, Vinicius Torres Freire propõe criar dinheiro e doá-lo. Imprimir dinheiro para evitar falências e agir sobre a fome de milhões de pessoas. Claro que é possível, o dinheiro somos nós que fazemos. A Casa da Moeda ainda nos pertence.

O que está sendo proposto, não é nada diferente que os bancos centrais de outros países já fizeram. Na crise de 2008, Estados Unidos, Europa e Japão imprimiram dinheiro para movimentar a economia. Assim financiaram indiretamente seus próprios governos e subsidiaram empresas. O Banco Central americano começou a fazê-lo outra vez, na semana passada.

O debate está nas páginas do liberal Financial Times, a voz do poder econômico global. Seria uma forma de evitar o pior, uma depressão inimaginável, comenta Vinicius Torres.

PS - Imprimir dinheiro para ressuscitar uma economia deprimida era um plano de economistas americanos de esquerda. Quanto a um possível impacto inflacionário, todos  concordam que não haveria. Durante uma grave recessão o consumo é bem mais racional. 

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