segunda-feira, janeiro 25, 2021

Apesar de Trump e Bolsonaro - a ciência está vencendo o atraso

 A história vai tratar de cobrar as mortes nos Estados Unidos (+400mil) e no Brasil (+200mil). Justamente as maiores economias da América, pasmem, são as recordistas mundiais em mortes por covid 19. Apesar do fracasso de Trump e Bolsonaro, em razão das suas sandices e a má gestão que fizeram, as duas nações vão sobreviver. As vacinas estão chegando e a ciência está vencendo o atraso. O que é muito bom. Nos EUA, Biden tomou posse sem grandes confrontos. Por aqui, as pessoas estão acordando e se afastando do que Bolsonaro representa. Finalmente...

Hélène Landemore é professora de ciência política da Universidade de Yale desde 2009. Para ela a democracia já estava em coma antes de Trump. Afirma que a desigualdade social é o que gera ressentimento e, por consequência, inflama o populismo. Sem uma resposta concreta que reduza as desigualdades, novos confrontos virão. No que concordo.(*)

Reduzir as desigualdades tem que ser visto como prioridade do Estado. Claro que para isso tem que se ultrapassar limites, ainda mais partindo de congressos conservadores, cujos membros representam - majoritariamente - as classes mais abastadas da sociedade.  

 A volta da chamada "normalidade", não  tem nada de normal. Ao meu ver, o mundo pós covid será outro. No Brasil a desigualdade é um dos nossos maiores problemas. O desemprego não vai se resolver facilmente, a sociedade está dividida e empobrecida. Afora isso, temos pela frente uma eleição, a guerra das vacinas e as consequências da pandemia.

O futuro, que tanto preocupa o papa Francisco:  é uma incerteza. Antigamente não faltavam pensadores. Suas diferentes visões de mundo, muito contribuíram para a humanidade. Agora são poucos à nos fazer refletir. O Papa é um deles, sabe da importância do papel que tem e defende suas ideias. Dá para dizer que as grandes mensagens que nos chegam - vem através de Francisco.

Quando assistimos os desatinos de Trump e de Bolsonaro, precisamos manter a lucidez e resistir. Apesar deles, a vida segue. Um já se foi, falta o outro. (**)

(*) Hélène Landemore, 45, tem mestrado em ciência política pela Sciences-Po e em filosofia pela Sorbonne-Paris 1. Doutorado em ciência política pela Universidade de Harvard.

(**) Segundo Marcos Coimbra, sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi, a popularidade de Bolsonaro desaba em 2021. Em dois anos, a reprovação de Bolsonaro chegou a 40%. No mesmo tempo de mandato, FHC tinha 12%; Lula estava com 13%; Dilma 7%.

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