sexta-feira, janeiro 22, 2021

"O diário do impeachment", por Eduardo Cunha

É grande a expectativa no meio jurídico, político e empresarial, sobre o livro que em breve Eduardo Cunha irá lançar. Um dos principais responsáveis pelo que fizeram com Dilma, Cunha resolveu escrever sua versão sobre o ocorrido. Todos os  envolvidos sabem muito bem o que fizeram e do que Cunha é capaz. Se a história for bem contada, a canalhice irá aparecer. 

Nunca gostei e nem me relacionei com Eduardo Cunha, embora tenhamos participado da mesma legislatura (2003/2007). Nos bastidores, sua imagem era a pior possível. Cunha tinha fama de astuto e de jogar pesado para atingir seus interesses pessoais. Se olharmos apenas para o que deveria ser o papel de um legislador, que é melhorar a sociedade que ele representa, o então presidente da Câmara nunca passou de uma grande fraude.

O comportamento ardiloso de Cunha, fazia dele um deputado que se aproveitava da política e dos podres da vida real.  

Em razão disso, nem seu livro pretendo ler. No silêncio do cárcere, onde escreveu suas memórias, Cunha é bem capaz de ter selecionado desafetos e protegidos. Não duvido que possa ter relatado a história que melhor lhe conviesse. Para promover o livro já disse que não tem medo de ninguém. Bravatas à parte, este é o Cunha. (*) 

(*) Eduardo Cunha foi condenado a 15 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Na presidência da Câmara fez do impeachment de Dilma, um jogo de interesses. O atual presidente, Rodrigo Maia, tem sobre sua guarda mais de 50 pedidos de impeachment de Bolsonaro. Vai deixar o cargo sem ter tomado uma providência.  

PS - O caráter de uma pessoa está nas suas atitudes. A frase não me pertence.    

  

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