Logística é coisa séria. Num mundo onde tudo circula, a logística nunca esteve tão presente. A palavra vem do grego, tem a ver com a lógica. De forma bem simplificada se trata de planejar a melhor solução, para: comprar, armazenar, transportar e distribuir qualquer coisa. Enfim, oferecer um serviço seguro e racional.
Muito tem se falado em logística durante o Programa Nacional de Vacinação. O que todos querem saber é se as vacinas vão chegar no dia D e na hora H. Se as compras, previamente planejadas, serão suficientes e entregues no prazo. Que a vacina chegue na população, sem sobre preço e nem "fura-fila".
Só que as mortes continuam e as trapalhadas também. A logística está deixando a desejar; e não só em Manaus onde falta oxigênio. Em Rondônia 50 pacientes, em estado grave, deixaram Porto Velho para serem atendidos em Porto Alegre. A distância entre as duas capitais é de 3.500km, cerca de 7 horas de voo.
Uma negação à racionalidade. Alguém já se viu num voo destes, viajando horas a fio numa condição emergencial sem saber o que te espera. Sem ninguém conhecido, na solidão de uma UTI, convivendo com a incerteza do retorno junto aos seus.
Para quem leva a sério a logística, não pode ser esta a alternativa. Depois de um longo convívio com a pandemia, continuar improvisando é criminoso. O oxigênio está vindo da Venezuela, por uma atitude humanitária de Maduro. A variante do vírus de Manaus já domina a região, sem uma manifestação confiável do governo.
A situação chegou a tal ponto que o Tribunal de Contas da União, já identificou uma série de ilegalidades. O ministro do STF, Ricardo Lewandowski, por sua vez atendeu o pedido da PGR para investigar a situação no Amazonas. A sociedade espera resposta, responsáveis existem: tem nome e endereço.
PS - Em função do descaso e da incompetência, o Brasil lidera o ranking entre os países que pior combatem a epidemia. O estudo é do Lowy Institute de Sydney, que analisou 100 países. O vexatório resultado foi divulgado dia 28/1. O instituto Lowy foi criado em abril/2003, por Frank Lowy.
Um comentário:
Não é surpresa. É consequência!
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