quarta-feira, fevereiro 03, 2021

Mudanças no blog

A gravidade do quadro nacional, nos impede de ficar calado. É natural que o blog acabe priorizando os temas políticos. Entre as pessoas que acessam o blog, uma parcela importante está associada as questões energéticas, ambientais e de inovação tecnológica. Que aliás, foi a origem do blog. 

Como acompanho com atenção estes diferentes grupos que se formaram ao longo do tempo, resolvi ajustar um pouco o blog a esta realidade. Sem ficar engessado, a ideia é tratar de forma mais equilibrada as temáticas que abordamos. No meio da semana um tema técnico e no final de semana a política e suas consequências. Como primeiro teste, propositalmente, deixei de fora a vergonhosa eleição dos presidentes da Câmara e do Senado.

ENERGIAS RENOVÁVEIS

Para quem não sabe, nossas fontes renováveis são responsáveis por mais de 80% da energia elétrica que o Brasil consome. As hidroelétricas ganharam escala com a chegada da Eletrobras, no início da década de 60. O etanol de cana, cujos resíduos geram energia elétrica, é da década de 70. A energia eólica apareceu com força durante meu mandato na Câmara, quando criamos a Frente Parlamentar em Defesa das Energias Renováveis.

Com a chegada do Instituto IDEAL, em 2007, o foco passou a ser promover a energia solar fotovoltaica no Brasil. Em 2014 é inaugurada a Usina MW Solar na sede da Eletrosul, em Florianópolis. Um marco histórico: a maior instalação solar fotovoltaica da América Latina, num prédio público. (*) 


                                        Usina MW Solar na sede da Eletrosul. Divulgação/UFSC

O Balanço Energético Nacional 2020, publicado em janeiro, confirma como as energias renováveis se consolidaram no país. Ao longo do tempo construímos uma matriz bem diversificada de fontes voltadas para a geração de energia elétrica, que nos permite sonhar com um futuro sustentável. Basta querer. (**)

(*) A Usina Megawatt Solar  contou com a importante parceria do governo da Alemanha, por meio do banco de fomento alemão KfW, que financiou o empreendimento e do apoio da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH. A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e o Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas na América Latina (Ideal) também participaram da concepção e viabilização da Usina Megawatt Solar. (Fonte: Eletrosul/Eletrobras).

(**) Hidroelétricas 63,8%; eólicas 9,3%; biomassa e biogás 8,9%; solar fotovoltaica 1,4%.  O que resta, cerca de 15%, é preenchido por usinas térmicas movidas por combustíveis fósseis e nuclear. 


Um comentário:

Mirian disse...

Temos q aumentar o percentual de solar fotovoltaicas e de eólicas. Produzindo aqui os componentes. Nós podemos! Basta remover este desgoverno negacionista que odeia a ciência !