quarta-feira, fevereiro 17, 2021

Porque os empregos serão "verdes"

 Como havia prometido, segue uma despretensiosa explicação sobre os empregos  verdes no futuro. Biden foi por duas vezes vice de Obama. Ao contrário daqui, um político fiel ao governo que serve. Como presidente, a linha que vai seguir é a do seu partido. Lá não se troca de partido como se troca de camisa. Se o compromisso dos democratas é com a sustentabilidade e com o acordo de Paris, as  politica públicas para criação de novos empregos - também será.

Na sua primeira manifestação, Biden deu o tom: "Empregos verdes é um caso em que consciência e conveniência se encontram". Por trás da declaração, o incentivo: o anúncio de um pacote de US$ 2 trilhão. Com clareza e transparência, confirmou para que veio. Sem ódio, sem armas,  sem divisionismo e sem invasão no Capitólio.   

O Brasil também vai ter que criar novos empregos. Só que por aqui não se vê nenhuma movimentação. Nem o Paulo Guedes, fala mais nisso. Alguns setores atingidos pela pandemia, dificilmente vão retomar o patamar que estavam. O auxílio emergencial, se voltar, também será mais reduzido e limitado. Sem falar no fracasso ao combate a pandemia; que, inevitavelmente, aumenta as incertezas em relação a retomada da economia em 2021. 

Por essas e outras, é visível a incapacidade do governo de sair da crise que ele mesmo criou. Sem incluir a criação de empregos como prioridade, milhões de brasileiros continuarão desempregados. Todo o conjunto de fracassos, irá desaguar em 2022. Num ano eleitoral, as promessas de campanha podem voltar a confundir o eleitor. O que se espera são políticas públicas bem elaboradas, ações planejadas e resultados que melhorem a vida do povo. 

Só que para isso acontecer, é necessário romper com a mesmice. O papa Francisco costuma dizer que depois da pandemia, o mundo será outro. Honestamente, não vejo essa preocupação com o futuro por aqui. A nau dos insanos só pensa na próxima eleição.

Para bons observadores, as sinalizações estão dadas. As expectativas em geral mostram o caminho. Nada vai ser muito diferente que o cuidado com a saúde, a criação de empregos, a preservação do meio ambiente, o combate as desigualdades sociais, a mobilidade urbana e as energias renováveis.

Como se pode ver, são grandes desafios globais. Ao meu ver, o que está mais próximo é de uma matriz energética descarbonizada. Já há um consenso no mundo, a energia solar e a eólica serão as principais fontes de geração de energia elétrica no futuro.  

Por consequência, serão elas que vão liderar os empregos verdes. Em muitos países já se observa essa tendência. Estudo da ABSOLAR, publicado dia 2/2, mostra a consolidação da energia solar no Brasil.  De 2012 para cá: mais de 7 GW instalados; 40 bilhões de reais em investimentos privados; mais de 11 bilhões em arrecadação de tributos. O que mais chamou a atenção:  230 mil novos empregos! 

PS - Em geração distribuída, Minas Gerais lidera o número de instalações. Logo em seguida vem São Paulo e Rio Grande do Sul. Já em relação a geração centralizada, grandes usinas, quem lidera é a Bahia, seguida pelo Piauí  e Minas Gerais.  

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