sexta-feira, fevereiro 19, 2021

O ministro Fachin e a Lava Jato (escrito em 12/2)

O ministro Edson Fachin foi nomeado para o STF em 2015, pela então presidente Dilma Rousseff. Para muitos, Fachin era visto  como um comunista chegando no Supremo. Com a morte do ministro Teori Zavascki em 2017, Fachin assume a relatoria dos processos relacionados a Lava Jato.

Com a chegada da Vaza Jato e do impressionante trabalho jornalístico do Intercept Brasil, o que era uma desconfiança - virou o maior escândalo da Justiça brasileira. Quem foi perseguido e condenado, está perto de ter suas sentenças anuladas. Enquanto os que fizeram da Justiça um aparato de poder,  desmoralizados que estão, vão pagar caro pelos seus erros.

Na última semana, dia 10, o ministro Fachin, que avalizou o processo, resolveu falar. Edson Fachin, em entrevista à Folha, declarou que "uma doença infantil do lavajatismo pode estar acabando, não a Lava Jato". 

Uma saída pela tangente do relator,  que encobriu da sociedade os mal feitos praticados. "A doença infantil" que surgiu no transcorrer da Lava Jato, não tem  nada de infantil. E o ministro sabe muito bem o que realmente se passou. (*)

(*) A entrevista não passou de uma conversa longa, cheia de rodeios. O que salvou  foram duas preocupações de Fachin : a forte presença de militares num governo civil e as constantes manifestações nas redes sociais de depreciação do voto. As duas tem a ver com a minha pregação, voto tem consequência. Dias depois veio: a confirmação!

ATUALIZAÇÃO - Na terça-feira, 16, o ministro do STF Alexandre de Moraes decretou a prisão de Daniel Silveira (PSL/RJ). Através de um vídeo provocativo e acintoso, o deputado ataca de forma virulenta o ministro Fachin. O Supremo por unanimidade manteve a prisão. Os desdobramentos que virão são imprevisíveis. Até porque o deputado pode estar a serviço de alguém. Vamos aguardar um pouco mais para ver no que vai dar.  

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