quarta-feira, junho 30, 2021

Energia elétrica: o governo sem rumo

Na última segunda-feira, 28, publiquei mais uma vez minhas preocupações com o setor elétrico brasileiro. O resultado do que fizeram com a Eletrobras no Congresso, só traz insegurança. O governo sem rumo não sabe o que fazer: contra si tem o risco de racionamento e o crescente aumento da energia elétrica. No curto prazo as duas situações combinadas acabam com o sossego de qualquer um.

À noite, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, falou sobre o quadro de apreensão que venho registrando. Sem convencer ninguém, o ministro cumpriu um papel: em rede nacional veio a público alertar sobre a gravidade do quadro que se avizinha. Sem ter um plano detalhado para resolver o problema, acabou aumentando a preocupação. 

Como não é comum nesse governo a transparência e com a desconfiança crescente sobre o que vem do Planalto, o efeito do comunicado só serviu para desgastar ainda mais Bolsonaro. Na terça-feira a grande mídia demonstrou seu inconformismo com o governo que ajudou a eleger pautando o risco de um provável racionamento, as consequências de um eventual apagão e o impacto na inflação de uma energia elétrica mais cara. 

Diferentemente de outros setores, como uma loja de departamento ou uma rede hambúrguer, a energia elétrica promove o desenvolvimento. Ela vai muito além dos empregos que cria, sua eventual falta impede o nosso crescimento. O planejamento do setor sempre se dava com 10 anos de antecedência, se chamava Plano Decenal. Bons tempos que tive a oportunidade de participar pela Eletrobras/Eletrosul.  Conseguiram acabar com tudo.

PS - No caso em questão o improviso não funciona. O comunicado do ministro Bento Albuquerque não resolve. E apelar para o envolvimento da sociedade não será com os maus exemplos que o governo vem passando.   


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