quarta-feira, agosto 10, 2022

Assim como os Guarás os votos também migram



                            A volta dos Guarás - Foto de Guilherme Willrich e Fernando Farias

Quando recebi a foto acima do cineasta catarinense e amigo Zeca Pires, logo me encantei com a história. Os guarás estão de volta. Segundo os biólogos Fábio Olmos e Robson Silva, da Unicamp, a presença dos guarás no litoral sul é uma história de idas e vindas, cujo registro data de 1554. (Fonte Revista do Litoral, março de 2022) 

Uma recente publicação da Revista Brasileira do Ecoturismo, de junho, destaca a revoada dos guarás como um atrativo turístico a mais. Quase sempre em grandes bandos é um lindo visual. No Paraná há mais de 40 anos que não eram vistos. Em Santa Catarina também estavam ausentes por um bom tempo. Agora se tem registro em Joinville e em Florianópolis. Respectivamente: na bela Baía da Babitonga e no imenso manguezal do Itacorubi. 

Um detalhe interessante que apurei é que os guarás tem várias colorações. O vermelho mais forte é quando eles encontram um ambiente naturalmente saudável. Assim como os guarás os votos também migram. Eles também vem em grandes grupos, são eleitores cansados de tanta hostilidade que querem se reencontrar com uma sociedade desarmada e democrática. Que respeite o resultado das urnas e o acolha com civilidade. 

Depois de superada essa etapa, precisamos entender melhor o que aconteceu na eleição de 2018 no Brasil. Ao que parece, fomos submetidos ao que os estudiosos italianos estão chamando de hipnose coletiva. Um instrumento muito bem estruturado que ameaça a democracia. Através das redes sociais induz uma parcela do eleitorado a escolher a pior das opções - o autoritarismo. Nos EUA quando o Capitólio foi invadido por um bando de insanos, ninguém podia imaginar que aquelas cenas eram reais. Felizmente as apurações não param por lá. Ainda vão encontrar o que realmente acontecia no submundo do poder. 

PS - A partir do dia 12 estou de férias. Vou para Madison, no Wisconsin. Agenda cheia: os 40 anos do filho, acompanhar a gravidez da nora e curtir minha neta Catarina. Como os guarás também quero um lugar melhor para viver. Tanto assim que a volta já está marcada para puder votar.  

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