Assim como viajar é bom, voltar para casa também. De Madison para Floripa é uma longa viagem. Descansar o corpo e botar o sono em dia, é o que se quer. Na quarta quando acordei eram 11 horas. Sem uma noção do tempo fui buscar notícias sobre o bi centenário da nossa Independência. A primeira cena que vi pensei que ainda estava dormindo e que tudo não passava de um pesadelo. Em Brasília um presidente aos brados gritava "imbrochável". Ao seu lado no palanque oficial, um estranho homem de verde abanava para todo o mundo.
Sem querer acreditar no que via, indignado e envergonhado pelo vexame público que fizeram o nosso país passar numa data simbólica de grande apelo cívico, só mesmo um inconsequente para promover tamanho constrangimento. Uma loucura, o pênis virou notícia mundo afora. Não acredito que o tema possa dar voto, até porque é um assunto sensível aos homens que com o passar do tempo convivem com essa preocupação.
Ainda bem que falta pouco para nos livrarmos do atraso. Sei que tem gente que o acompanha cegamente, sem se importar com as consequências das atitudes do capitão. No entanto, se compararmos com 2018 o número de eleitores já foi muito maior. São milhões de votos perdidos que não voltam mais. E o "imbrochável" sabe disso. Por isso transformou uma cerimônia cívica nacional, num patético programa eleitoral.
PS - Ser velho não precisa estar associado a idade que se tem. Depende da cabeça de cada um. Recebi do amigo De Bem uma conversa entre Clint Eastwood e o cantor Toby Keith. Keith queria saber como Clint na época com 88 anos (agora tem 92) ainda trabalhava. A resposta foi imediata "não deixe o velho entrar na sua vida". Lula com 76 anos se comporta como um estadista. Lúcido, cheio de energia, dialoga com todos - sem deixar o velho entrar na sua vida. Já o outro, bem mais novo, é um caso a ser estudado.
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