domingo, setembro 25, 2022

FALTA POUCO (parte II)

No último domingo, 18, uma multidão se reuniu em Florianópolis para apoiar Lula e festejar sua aguardada vitória no primeiro turno. Para surpresa de muitos o mesmo tinha acontecido na sexta-feira em Porto Alegre e no sábado em Curitiba. Os bons ventos do sul chegaram para Lula na hora certa. Em 2018, os três estados da Região Sul ajudaram a eleger Bolsonaro. Com o tempo deu para perceber que muito foi em função do desconhecimento que tinham. Bastou um único mandato para descobrirem quem ele realmente era, um atraso de vida.  

Naquele mesmo dia escrevi FALTA POUCO: uma análise da eleição de 2018 e os resultados de um péssimo governo. O que se pode dizer sem medo de errar é que dificilmente alguém que não votou em Bolsonaro em 2018, agora irá votar. A mesma conclusão se aplica para os milhões de jovens que tiraram o título durante o governo Bolsonaro. Ao se confirmarem as duas constatações o resultado da eleição está dado. Os votos de Bolsonaro migraram. Dos 46% que teve no primeiro turno de 2018, quase a metade já se foi e não voltam mais. 

A certeza mesmo só veio na segunda-feira, dia 19, quando o artigo que publiquei na Rede Linkedln atingiu 50 mil impressões num único dia, algo que nunca tinha ocorrido. Uma reação visivelmente orquestrada por "ceo's" de robôs que espalham mentiras tentando de toda a forma desqualificar a informação. Como sempre escrevo de forma cuidadosa e com conteúdo, diferentemente da forma tosca dos incomodados, a atitude intimidatória e descabida só veio mostrar o desespero que estão. (*)

O mote dos ataques foi a foto publicada, que mostrava uma multidão no ato. Sem ter o que fazer inventaram que a imagem era uma montagem. Acostumados com mentiras, mesmo sabendo que elas não sobrevivem no tempo, apostam no efeito imediato. Se deram mal. A capa do jornal local Notícias do Dia, reconhecido por sua linha editorial ultra conservadora, no dia seguinte ao ato estampava a multidão presente. Diante da verdade, se calaram.

(*) O artigo publicado na maior rede de profissionais do mundo bombou. Segundo levantamento do próprio Linkedln, o número atualizado de impressões já superou as 62 mil. Os comentários ultrapassaram a marca dos 530. E quem busca saber quem sou, as visitas ao perfil tem mantido uma média semanal de 50 pessoas. Nada mal, para uma rede que sabidamente não é de esquerda.

PS - Bolsonaro pretendia faturar com a covid, se quebrou. O auxilio emergencial, pouco voto trouxe. Com os combustíveis, um tiro no pé. Se conseguiu baixar o preço na véspera das eleições porque não baixou antes, quando tinha um general amigo à frente da Petrobras. No dia do Bi Centenário da Independência, todos os limites protocolares foram ultrapassados: não deu a devida atenção ao presidente de Portugal e se auto proclamou - imbrochável.  Entre os pobres, as mulheres e os jovens, que juntos representam 2/3 do eleitorado, sua rejeição só aumenta. O Brasil que queremos é outro. Só as urnas é que poderão nos dizer qual é.  Ainda bem que falta pouco. 


    

 



 

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