segunda-feira, outubro 24, 2022

Cobra criada, democracia ameaçada

A bravata é uma marca do Roberto Jefferson. Fomos deputados na mesma legislatura (2003/2007) e sei como ele está sempre pronto para dar o bote. Sem qualquer pudor joga pesado. Muito próximo de Bolsonaro pela forma de fazer política e de agir.

O breve resumo que ora faço serve apenas para situar o fato ocorrido ontem, quando Roberto Jefferson recebeu com tiros e granadas policiais federais que cumpriam a sua função. Inicialmente perplexo como todos com a notícia, logo depois veio a necessidade de refletir sobre tão absurda ação. Na reta final de uma eleição tão acirrada, nada é por acaso. Algo de grave estava sendo preparado.

Ninguém se expõe tanto por nada, ainda mais cobra criada. Que o objetivo era tumultuar o processo eleitoral, me parece claro. Que deu errado, também. Não trouxe nenhum voto para Bolsonaro e ainda por cima fez com ele perdesse muitos.

O fato novo na última semana da eleição acabou sendo Roberto Jefferson e a violência do seu ataque a democracia.  Nada pior para quem precisa de votos e que sabidamente está associado ao criminoso. As especulações irão tomar conta dos poucos dias que faltam. Talvez por um descontrole emocional ou mesmo por querer virar um "mártir do bolsonarismo raiz", Roberto Jefferson - ao ameaçar a democracia - acabou por sepultar a campanha do seu amigo.    

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