quinta-feira, agosto 03, 2023

Marielle Franco, agora só falta o mandante

                                               Reprodução das redes sociais

Na trágica noite do assassinato de Marielle, já havia um consenso: era um atentado encomendado, com um viés político. Depois de cinco longos anos de pura enrolação, precisou trocar um Presidente da República, um Ministro da Justiça e o Diretor-Geral da Polícia Federal, para que uma delação premiada confirmasse o responsável pela morte de Marielle Franco. Em apenas cinco meses o nome do assassino veio à tona. Outros envolvidos já foram identificados e presos. A expectativa agora é sobre o mandante. 

Os responsáveis pelo caso acreditam numa nova delação para breve, pondo fim ao que estavam acobertando o crime praticado contra uma jovem e atuante vereadora do Rio de Janeiro. A mudança no rumo da investigação, só ocorreu por causa do resultado das urnas. As pessoas estão mais confiantes e associam o bom momento à vitória da  democracia. Só que não dá para baixar a guarda. Na mesma semana que o assassino foi identificado, setores da mídia insistiam contra as delações obtidas e o novo ritmo das apurações. No fundo queriam que tudo ficasse como estava: sem assassino, nem mandante.   

Aos poucos mostram de que lado estão. Novamente saem das trevas querendo criar o clima do medo, tentando evitar que o mandante apareça. Até mesmo setores da mídia desvinculados do caso se manifestaram contra o novo presidente do IBGE, com a clara intenção de desviar a atenção. Inconsequentes, jogam contra o país justamente num momento onde as agências internacionais tem elevado a nota de crédito do Brasil. Quando convêm, esquecem os seus. O "Posto Ipiranga", que dominava a política econômica, nunca soube explicar o que fazia. Sem qualquer pudor anunciava o dólar para seis reais no final de 2023, mesmo sabendo os efeitos negativos de suas levianas projeções. 

Em maio de 2022, em plena campanha visando a reeleição, o mercado financeiro, que tem lado, evitava falar quanto custaria um golpe ou se insurgir contra o resultado das urnas. O estudo foi feito, mas engavetado. Nada vazou, o máximo que se tinha era a percepção de um cenário nebuloso para 2023. Felizmente, bem ao contrário do que estamos vendo. Nem os ataques violentos a democracia de oito de janeiro impediram de  convivermos com uma economia ativa e estável, que minimizou o impacto das armadilhas que foram deixadas.   

Por isso a estranheza das manifestações públicas, contra o ritmo das investigações para apurar o mandante do assassinato da vereadora. O esperado seria exatamente o contrário, dar uma resposta rápida à sociedade para que ela se sentisse aliviada do bárbaro crime praticado. No fundo o que os incautos fizeram foi deixar a porta aberta à especulação, afinal onde há fumaça tem fogo. A Polícia Federal conhece bem quem seriam as pessoas interessadas em silenciar Marielle. Talvez estivessem impedidos de avançar diante da realidade política do Rio, do crime organizado, do papel das milicias e de quem as controla. Agora estão pertos de identificar o mandante. Até porque, Ronnie Lessa sabe quem foi...    

    

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