segunda-feira, outubro 02, 2023

Como será o amanhã...

                                        
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Por uma necessidade de limitar a análise sobre o amanhã, o foco é o Brasil. Num setembro escaldante, com registros de temperaturas em pleno inverno acima de 40 graus, seca no Norte e enchente no Sul, as intempéries climáticas são mais frequentes e descontroladas. O que traz, obviamente, muita insegurança a todos nós. A previsibilidade sobre os fenômenos naturais, a extensão da tragédia e reduzir seus efeitos, ainda deixam a desejar. Quase sempre a resposta vem depois do ocorrido, sem que os atingidos sejam devidamente atendidos. Portanto, honestamente, não se sabe como será o amanhã. (*) 

Na economia e, principalmente, nas relações exteriores, o Brasil tem mostrado uma melhora significativa. O mês de setembro confirma o bom momento e traz esperança de volta. O país volta a ter protagonismo lá fora, graças a boa relação do presidente Lula com seus pares. Internamente, o ministro Fernando Haddad, de forma professoral, tem convencido o mercado de suas boas intenções, construindo dessa forma indicadores econômicos consistentes e positivos para o país. (**)

Em outro Poder da República, a presidenta do Supremo Tribunal Federal, ministra Rosa Weber, na última semana de setembro, passou o cargo para o ministro Luís Roberto Barroso. Justamente ali, na sede de um dos Poderes da República, onde nove meses atrás vândalos ocuparam, destruíram e ameaçaram os ministros da Corte. Por coincidência, o mesmo local onde agora os amotinados estão sendo julgados pelos crimes que cometeram. 

Nesse mesmo dia, 28, bem perto dali, um outro Poder da República, o Legislativo, aprova uma Lei sobre o Marco Temporal em terras indígenas, contrariando a posição do Supremo que acabara de julgar a matéria como inconstitucional.  A independência dos poderes pode gerar situações como essa. O presidente Lula pode e deve vetar a Lei.  Tudo isso faz parte da democracia. O que não faz parte da democracia são as ameaças que estão de volta nas redes sociais aos indígenas e a todos que os defendem. Para essas pessoas, que se alimentam de ódio e só pensam em si, "não tem amanhã". 

Com muita preocupação observamos um Congresso desfigurado, descolado da sociedade. Os temas pautados são determinados por  algumas bancadas, que por sua vez se tornaram mais fortes que os próprios partidos. Sem qualquer pudor, boa parte dos congressistas não se importa com o papel que faz. Só sobem a tribuna para serem gravados nos celulares dos seus assessores, que se encarregam de postar nas redes sociais as insanidades do patrão. Zombam dos princípios democráticos, ao fazerem política e aparições públicas carregando nas mãos suas metralhadoras. Se andar armado dá voto é porque alguma coisa está fora da ordem. Essa observação cabe para presidente, governador, senadores e deputados. (***) 

Quem pensa no amanhã, tem que se preocupar com o que vivenciamos nos  últimos cinco anos. O Brasil é um país jovem e promissor, que não pode ficar submetido a desinformação em época de eleição. Em 2018 um medíocre deputado federal, se elegeu. presidente da República. Na época poucos sabiam quem era, embora estivesse na Câmara por quase trinta anos. Quando tentou ser presidente da Casa, pasmem, teve quatro votos. Um sem noção, que por onde passou boas lembranças não ficaram.

(*) Toda a vez que nos deparamos com uma tragédia natural, sempre vem a sensação de que poderia ser evitada. No entanto, elas são mais frequentes e mais destrutivas. Até quando .

(**) Segundo o IBGE, a massa salarial aumentou 5% em relação ao ano passado. O emprego formal, com carteira assinada, também cresceu quase isso. O desemprego é de 7%, o menor índice desde 2015.

(***) Não vote em quem faz campanha com arma na mão. Arma mata. No ano que vem temos eleições municipais, valorize o seu voto. Aqui em Florianópolis com a cidade à venda, vote em quem quer preservá-la. Simples assim, pense no amanhã.  

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