quinta-feira, outubro 05, 2023

O Mercado de Crédito de Carbono

                         Mudanças climáticas, os sinais do tempo: os rios secam os peixes morrem

Em Brasília, no dia 4, o Senado aprovou o projeto que Regulamenta o Mercado de Crédito de Carbono. Por aqui, um esforço a mais a ser construído. Pelo potencial natural que temos, o Brasil pode vir a liderar esse ativo ambiental na América Latina. Novamente, uma das barreiras à ser vencida é o conhecimento. Nossos parceiros como a Carbon Zero e a Fundação Tavares Ferreira, tem nos mostrado o caminho e nos estimulado nessa caminhada. O mundo está perdendo o controle sobre as mudanças climáticas, o que pode nos levar a temperaturas que a humanidade não vai suportar. (*)

Para que houvesse acordo no Senado, o texto aprovado na Comissão de Meio Ambiente deixou de fora o agronegócio. Ou seja, atividades como a criação de gado ou plantação de cana podem ou não aderir o mecanismo e se submeter às suas leis. Com certeza uma articulação da bancada ruralista, que gosta de manter posição independente de uma melhor avaliação. Pela necessidade de respostas urgentes as questões climáticas, não dá para ficar de fora e muito menos se fechar à novas possibilidades. Quantificar o potencial natural de uma nascente, de uma mata, de um replantio, de uma pastagem e - até de um município - pode gerar crédito de carbono. 

Por outro lado, o Mercado de Crédito de Carbono só vai se estabelecer e acessar os recursos disponíveis num ambiente de alta credibilidade. Com uma governança eficaz que garanta transparência e prestação de contas continuada. As operações devem ser devidamente rastreadas e registradas, de modo que os créditos possam ser identificados de maneira segura e inequívoca. As reduções ou remoções de emissões derivadas das atividades de mitigação perduraram no tempo. Os impactos positivos desse novo olhar para o mundo, sem dúvida estão em sintonia com o desenvolvimento sustentável que todos desejamos. Recursos não faltam, vontade política talvez....

(*) Na recente experiência com o projeto Caminho das Araucárias, em tratativas com a UFSC, Sebrae/SC, Fundação Tavares Ferreira, Carbon Zero e o Instituto IDEAL, já deu pra ver a importância do aprendizado. Os municípios talvez não saibam como se beneficiar através de certificados de ativos ambientais. Em outras palavras, é possível a partir da preservação dos bens naturais: gerar emprego, renda e recursos para atender as prefeituras. 


 

 


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