Negromonte, do PP, a bola da vez

O que todos já esperavam, se confirmou: sem apoio, Mário Negromonte pede demissão do Ministério das Cidades. Mais um que sai sem dizer prá que veio. Esta é a sensação que percebo nas ruas. O risco é da banalização do cargo. A sociedade já sinalizou que apoia a presidente Dilma no rigor com seus ministros. No entanto, "o entra e sai"a se tornar algo perene pode prejudicar sua gestão. Claro que essa situação deve estar sendo avaliada pelo núcleo pensante do governo. Com a proximidade da anunciada reforma ministerial seria conviniente repensar critérios na hora de se indicar novos ministros. Dar menos peso a indicação partidária e mais atenção a formação profissional do postulante. Os projetos em curso e os desafios que temos para os próximos anos exigem pessoas comprometidas e capacitadas à implementá-los. Alguns partidos da base do governo ainda não entenderam essa necessidade. Insistem em nomeações que depois criam constragimentos a presidente Dilma. Infelizmente, não faz parte da nossa cultura política tamanho despreendimento. O que se vê, repetidas vezes, são partidos tratando os ministérios como feudos, impedindo que a presidente Dilma nomeie seus ministros seguindo critérios que sempre defendeu. Até quando vai ser assim: é o que nos cabe perguntar?