Com o título acima, a polêmica senadora Marta Suplicy (PT/SP), na sua coluna de sábado (FSP), alerta para a necessidade de se viver bem. Embora tenha lá minhas restrições a senadora, vide o episódio do "relaxa e goza", gostei da abordagem que faz sobre como pequenas coisas mal resolvidas podem levar as pessoas a infelicidade. Trata-se de "pentimentos" e ressentimentos. A primeira palavra, que eu desconhecia, vem do italiano e significa um determinado tipo de arrependimento. Aplica-se em centenas de casos que ouvimos e vivenciamos ao longo de nossas vidas. Trata-se de botar a culpa no que deu errado por não ter, na hora certa, tomado a decisão certa. Para explicar melhor, Marta usa dois exemplos: "se eu tivesse me formado em engenharia, em vez de ser ator, teria sido um sucesso"/ "Ou, a minha vida frustou-se, pois casei antes da hora..." Segundo ela, decidimos o que somos capazes de decidir. Ou, o que temos a ousadia de querer e a coragem de arriscar. Muitas vezes as pessoas passam pela vida se lamentando da decisão que tomaram, tentando explicar o que poderia ter sido e não foi.
O outro sentimento, o ressentimento, Marta o compara como esvaziamento da vida. Enquanto no caso do "pentimento", o indivíduo vê a vida passar, delirando no que poderia ter sido, o ressentido se afunda num mar de mágoa. Ambos os mecanismos imobilizam as pessoas, alerta a senadora Marta Suplicy. Não existe o prazer de viver. Para essas pessoas a vida continua nublada, sem graça e empacada.
A vida é curta, insiste a senadora Marta: "A incapacidade de virar a página impede o fuir da vida e a procura pelo novo. Essa dificuldade em poder continuar, sentir a dor das escolhas equivocadas ou das ações que foram ofensivas sem usar artifícios, é o que faz alguns superarem os entraves e outros se perderem num rodamoinho sem fim".
E Marta concui: "aprenda a ser feliz".
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