quarta-feira, agosto 29, 2012

A Síria e a Primavera Árabe

Talvez leve décadas para se entender a dimensão do movimento político/social, denominado "Primavera Árabe". Talvez leve semanas ou meses para que se encerre a violenta guerra cívil que se estaleceu na Síria. Talvez, para nós simples mortais, não cheguem nunca as respostas para tantos desencontros. Os conflitos na Síria já duram 17 meses. O número de mortos estimado em 17 mil. O governo de Bashar Assad, não dá sinais de trégua.

Para quem acompanha o noticiário fica sempre uma dúvida: estamos diante, mais uma vez, de um conflito por governança global, envolvendo a geopolítica e os interesses econômicos em áreas estratégicas de grandes reservas de petróleo, ou dessa vez trata-se de um enfrentamento motivado pela cidadania e pelo esgotamento de regimes autoritários estabelecidos por décadas na região?

A busca por respostas move cientistas políticos e acadêmicos,   que estudam a Primavera Árabe como um dos grandes acontecimentos dessa década. Segundo Marcelo Coutinho, professor de relações internacionais da UFRJ, as teorias civilizacionais que existiam até então, como as de Bernard Lewis e Samuel Huntington, afirmavam ser impossível esse tipo de coisa acontecer nas sociedades mçulmanas. Só para lembrar, na Líbia de Gaddafi, já fizeram eleições. Os líbios foram às urnas e elegeram um governo moderado, comenta o professor Coutinho.


 
  

Nenhum comentário: