De tempos em tempos nos deparamos com promessas de energia
abundante e barata. Agora a bola da vez é o chamado gás não convencional – o gás
do xisto. A sua existência é muito antiga e as restrições ao seu uso também. A
novidade é que agora ele vem sendo extraído nos EUA em larga escala e
comercializado a US$ 3/por milhão de BRU. Aqui no Brasil o preço do gás
convencional está por volta de US$ 12 o milhão de BTU. Festejado nos EUA e
apontado como um dos responsáveis pela retomada da indústria americana, o gás
do xisto não é nenhuma “Brastemp”. A exploração desse tipo de gás é proibida em
alguns países justamente pelos riscos ambientais que pode causar. Para
explorá-lo precisa-se de muita água e dependendo da geologia pode-se contaminar
o lençol freático. As grandes reservas,
já identificadas, estão na China e nos EUA, por coincidência os dois países que
mais consomem energia e que mais poluem o meio ambiente. O Brasil, através da
ANP, pretende disponibilizar através de leilões áreas para extração do chamado
gás não convencional. As nossas maiores reservas estão na Bacia do Paraná,
justamente onde está a nossa principal reserva de água potável – o Aquífero
Guarani. Para que o gás se libere das rochas que o aprisionam são provocadas
pequenas explosões acompanhadas de uma mistura de água com areia, injetadas nos
tubos com alta pressão. Essa operação geralmente é feita em profundidades que
variam de 1000 a 2500 metros. Vale a pena estar atento.
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