quinta-feira, abril 25, 2013

O gás do xisto é a novidade


De tempos em tempos nos deparamos com promessas de energia abundante e barata. Agora a bola da vez é o chamado gás não convencional – o gás do xisto. A sua existência é muito antiga e as restrições ao seu uso também. A novidade é que agora ele vem sendo extraído nos EUA em larga escala e comercializado a US$ 3/por milhão de BRU. Aqui no Brasil o preço do gás convencional está por volta de US$ 12 o milhão de BTU. Festejado nos EUA e apontado como um dos responsáveis pela retomada da indústria americana, o gás do xisto não é nenhuma “Brastemp”. A exploração desse tipo de gás é proibida em alguns países justamente pelos riscos ambientais que pode causar. Para explorá-lo precisa-se de muita água e dependendo da geologia pode-se contaminar o lençol freático.  As grandes reservas, já identificadas, estão na China e nos EUA, por coincidência os dois países que mais consomem energia e que mais poluem o meio ambiente. O Brasil, através da ANP, pretende disponibilizar através de leilões áreas para extração do chamado gás não convencional. As nossas maiores reservas estão na Bacia do Paraná, justamente onde está a nossa principal reserva de água potável – o Aquífero Guarani. Para que o gás se libere das rochas que o aprisionam são provocadas pequenas explosões acompanhadas de uma mistura de água com areia, injetadas nos tubos com alta pressão. Essa operação geralmente é feita em profundidades que variam de 1000 a 2500 metros. Vale a pena estar atento.

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