Não é de hoje que a Ponta do Coral se tornou um dos mais
polêmicos projetos para Florianópolis. Um mega empreendimento sempre gera
debate. São opiniões distintas que afloram no calor das discussões. Faz parte
do processo. Nesse caso em particular estou no olho do furacão. É de minha
autoria um projeto de lei apresentado na Câmara Municipal no ano 2000, que
transformava aquela área em Área Verde de Lazer- AVL. Aprovado em 2002 pela
unanimidade dos vereadores, foi brutalmente e ilegalmente modificado em 2005
pela própria Câmara. Aprovaram o que não podiam – criar um grande aterro em
área da União!
Sempre faço questão de fazer uma introdução explicativa das
razões que me motivam até hoje a enfrentar essa longa e legítima batalha.
Primeiro pelo aspecto legal, depois pelo convencimento da necessidade de se
preservar aquela área para o futuro da cidade. Agarro-me a esses dois pontos
para enfrentar o problema, como forma de me preservar dos que querem levar para
o lado pessoal.
Ontem, através do Diário Catarinense expressei minha
perplexidade ao ler o artigo do senador Luiz Henrique da Silveira - A Capela
Sistina, a Torre Eiffel e a Ponta do Coral – publicado no DC (19/4). Sem polemizar, registrei minhas profundas discordâncias
com as comparações feitas. Por falta de
espaço deixei de comentar outra comparação feita pelo senador Luiz Henrique, a
da falta de visão de futuro dos que são contra o empreendimento. Sobre isso
quero deixar para as devidas reflexões o que segue:
1-
Com dois mandatos de vereador e tendo triplicado
os votos do primeiro para o segundo mandato, posso dizer que conheço bem a
cidade e sei como ela se modificou nas últimas duas décadas;
2-
A confirmação disso veio em 2002 quando me elegi
deputado federal com 12% dos votos válidos na cidade. Foram mais de 23 mil
votos só na capital, sendo superado apenas por Edson Andrino;
3-
Na última eleição para prefeito, o então candidato
César Souza Júnior assumiu na campanha a defesa da Ponta do Coral,
surpreendendo muita gente;
4-
Não tenho dúvidas em afirmar, pelo que eu
conheço da cidade e do que pensam os que aqui vivem que foi decisivo no resultado
eleitoral o compromisso público de César Souza Jr em preservar aquela área;
5-
Quero com isso reafirmar: o número de pessoas
que quer uma Florianópolis preservada é muito maior do que pensam. E, ao
contrário do que insinua no seu artigo o senador Luiz Henrique, são pessoas
atentas que entre a especulação e a preservação – OPTARAM POR UMA CIDADE
PRESERVADA!
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