terça-feira, novembro 25, 2014

Corrupção e hipocrisia

 O fato mais comentado da semana que passou foi o artigo antológico de Ricardo Semler, na Folha. Eduardo Guimarães do Blog da Cidadania, assim inicia seu comentário:
Ricardo Semler tem o perfil tucano padrão. Rico, 55 anos, paulista, empresário de renome, é hoje vice-presidente da Fiesp, além de CEO (executivo-chefe) e sócio majoritário da empresa Semco S/A. E não tem apenas perfil tucano, é filiado ao PSDB. E das antigas. Filiou-se quando Franco Montoro presidia o partido.
Semler tornou-se conhecido por ter implantado em sua empresa fórmulas inovadoras de gestão empresarial. Sob sua gestão, o faturamento da empresa subiu de quatro milhões de dólares em 1982 para 212 milhões de dólares em 2003.
A revista TIME elegeu o executivo paulista como um dos “100 Jovens Líderes Globais”, em 1994. O Fórum Econômico Mundial também o apontou em trabalhos semelhantes. Foi exaltado como gestor pelo Wall Street Journal – como “Empresário do Ano na América Latina”, em 1990, e “Empresário do Ano no Brasil”, em 1992.
Semler formou-se em Direito na USP e estudou Administração em Harvard. Além disso, escreveu livros que se tornaram sucesso em vendas no Brasil e exterior.
Na última sexta-feira (21), o empresário surpreendeu o país com um artigo no jornal Folha de São Paulo na linha super sincero. No texto, reconheceu que, apesar da gritaria hipócrita entoada hoje sobre corrupção  – sobretudo na imprensa – pelo menos dessa vez ela está sendo investigada.  
No texto,  Semler fez questão de registrar que não votou em Dilma e não vota no PT. Quanto as relações obscuras das grandes empreiteiras com a Petrobras, segundo ele, sempre existiu.  Só que antes se encobria.


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