quinta-feira, janeiro 29, 2015

São Paulo, agora - rodízio drástico.

Pela primeira vez os paulistanos ouviram das autoridades que o rodízio vai ser implantado. E será drástico: cinco dias sem água e dois com água. Custaram a assumir a crise da água na maior das nossas cidades. Antonio Prata, nos lembra que chega ser irônico a água ter acabado justamente numa cidade cortada por dois grandes rios:Tietê e Pinheiros. É bem verdade que boa parte de seus pequenos afluentes, já se foram- aterrados e canalizados para fazer avenidas.

Para Antônio Prata, os paulistanos são reféns de burrice acumulada ao longo dos anos. Chorar agora, não vai encher reservatórios. Em seus 462 anos de história, São Paulo se dobra diante o asfalto que impermeabiliza o solo, o desmatamento que afeta os reservatórios e o desperdício no sistema de abastecimento - uma constante nas nossas cidades.

O que fazer, é o que todos se perguntam. No imediato, só resta o racionamento. No médio prazo, torcer pela chuva e no uso mais consciente da água. No longo prazo, obras que interliguem os vários reservatórios que abastecem São Paulo: Cantareira, Alto Cotia, Alto Tietê, Rio Claro. Rio Grande e Guarapiranga.

PS- alguns países, como a Austrália, por exemplo, estão apostando na dessalinização da água do mar. Não deve ser a saída para São Paulo em função de sua altitude. O caminho é captar águas pluviais, incentivar o uso racional e evitar vazamentos no sistema de abastecimento.   

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