segunda-feira, outubro 31, 2016

Sobre a semana que passou: escolas ocupadas (valeu Ana).

Quase sempre na segunda-feira comento sobre o fato da semana que mais chamou minha atenção: e no domingo a noite seleciono o que vai ser postado no blog. Como foi uma semana cheia de fatos merecedores de um comentário, a dúvida foi grande. Entre os meus favoritos, destaco:

- Donald Trump: propondo suspender a eleição e nomeá-lo presidente. Nem aqui foram tão longe.
- Odebrecht afirma ter pago caixa dois a Serra na Suíça. Capa da Folha, 28 de outubro.
- Poderes em conflito. A ministra Carmem Lúcia presidente do STF x Renan Calheiros do Senado.
- Baixaria no Segundo Turno das Eleições. Sem comentários.
- Aprovação da PEC 241. Ninguém sabe dizer o que vai ser o Brasil em 2036.
- Venezuela em pé de guerra. Ninguém sabe o que vai dar.
- Supremo nega recálculo de aposentadoria. Para quem tem aposentadoria integral.....
- O encontro dos Três Poderes: Temer, Carmem Lúcia e Renan. Entre tapas e beijos.
- No Brasil estudantes ocupam milhares de escolas. E o recado, acreditem: vem do Paraná.

Como vocês podem ver a lista é grande e o tempo curto. Depois de pensar bem sobre o que comentar, optei pela última da lista: estudantes ocupam escolas. O motivo foi dado pela entrevista de Ana Júlia Pinho Ribeiro, 16, após seu discurso na Assembleia Legislativa do Paraná (FSP 28/10). Ela é o novo: oxigena e nos trás esperança. Olhem só o que nos ensina essa adolescente:

- "A reforma é necessária, mas não do jeito que está sendo pautada. A gente precisa de uma reforma não só no ensino médio, como em todo o sistema educacional." (sobre a reforma do ensino médio)

-" Eu não acho que a ocupação afronta a Constituição, até porque ela também tem o apoio da Constituição". (sobre o movimento de ocupação das escolas)

-" A ocupação é um movimento político porque a gente está lutando pela educação contra a medida provisória." (ao declarar que o movimento não tem lado e a causa é a educação)

-" Peço desculpas, mas o Estatuto da Criança e do Adolescente nos diz que a responsabilidade pelos nossos adolescentes e estudantes é da sociedade, da família e do Estado". Ao ser interrompida pelo presidente da Assembleia, Ademar Traiano (PSDB). No Paraná, das 2100 escolas - 850 estão ocupadas.

Depois da firme resposta que deu ao Presidente da Assembleia Legislativa, Ana Júlia foi ovacionada. Aos 16 anos, falando pela primeira vez em público, no Plenário lotado, Ana estava muito nervosa e achava que  a voz não ia sair. Mas saiu e a repercussão foi nacional: Valeu Ana! 

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