A PEC 241,
a do teto, aprovada sem o devido debate, ainda vai dar o que falar. Já comentei que 20 anos de engessamento orçamentário, não tem nada de racionalidade, inteligência e muito menos de responsabilidade. Para um país como nosso, que ainda depende de muitos investimentos em várias áreas, a PEC se aplicada na sua extensão - é um atraso. Nenhum país cresce se tiver impedido (ou limitado) de investir, por exemplo, em ciência e tecnologia.
Só para ficar no setor acima mencionado como exemplo, antes da PEC 241, nossos investimentos em inovação e tecnologia já estavam bem abaixo da média mundial: 1,2% do PIB, enquanto países industrializados e emergentes reservam de 2,5% até 3,5%% do seu PIB.
"Há um consenso universal, de que sem apreciável atividade em ciência e tecnologia não há sobrevivência econômica para uma nação", nos lembra Rogério Cezar de Cerqueira Leite.(*)
Segundo ele,
"ao aprovar a PEC 241, o Brasil deve ser o único caso da história em que um país, escolhe, voluntariamente, a própria ruína e compromete o seu futuro para aparentar - repito, aparentar - virtude!"
(*) Rogério Cézar de Cerqueira Leite, físico, é professor emérito da Unicamp e Membro do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia.
PS- as três empresas que lideram o ranking de maior valor no mercado, considerando capital investido e tempo de fundação, são empresas relacionadas a inovação. Um ambiente favorável permitiu que seus fundadores, jovens que tiveram e apostaram nas suas boas ideias, criassem: a Google, de Larry Page (US$ 550 bi); Facebook, de Mark Zuckerberg (US$ 390 bi); Amazon, de Jeff Bezos (US$ 350bi). Todas com valor de mercado acima de qualquer empresa brasileira: pública ou privada. Todas com menos de vinte anos. Só para lembrar, vinte anos é o tempo que a PEC 241 quer controlar nossas prioridades.
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