Apesar deste ambiente de incerteza, comentário de ontem, Trump terá que lidar com um mercado de energia que está em significativa transformação. E não é só nos EUA. A participação das energias renováveis, solar e eólica, crescem em todo o mundo. Aqui mesmo no blog já ressaltei que nos anos de 2015 e 2016, os investimentos globais nessas fontes de energia superaram os investimentos na geração de energia através dos combustíveis fósseis (petróleo e carvão).
" Nos EUA: com ou sem o Clean Power Plan e incentivos fiscais, é esperado, até 2040, um aumento de 4% ao ano da capacidade instalada de energias renováveis (de acordo com a EIA – U.S. Energy Information Administration), o que significa uma participação de 23% na geração total dos Estados Unidos. Do mesmo modo, aproximadamente 60 GW deixarão de ser gerados a partir do carvão até 2030. Além disso, em dezembro do ano passado e com apoio bipartidário, os incentivos fiscais às fontes solar e eólica foram renovados por mais 5 anos. Entretanto, mesmo sem estes incentivos, os custos de geração a partir de energias renováveis deverão continuar a trajetória declinante que apresentaram durante a administração Obama, com queda nos preços de equipamentos para geração e baterias, de modo que a geração eólica onshore já é competitiva com o gás natural e a geração solar vê seus preços declinarem rapidamente".(Fonte: Fundação Getúlio Vargas - FGV)
Embora Donald Trum seja imprevisível, o aumento de competitividade na geração a partir de fontes renováveis é real e global. Gera empregos e novos investimentos. Nos Estados Unidos a indústria solar em 2015 gerou mais de 200.000 empregos. E em 2016 os investimentos cresceram: estudos mostram que enquanto a energia solar adicionou 9,5% GW e a eólica 6,8 GW no sistema americano, o setor de petróleo adicionou apenas 0,3 GW. (Fonte: FGV)
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