segunda-feira, fevereiro 20, 2017

LULA volta a ser o alvo.

Com a divulgação dos resultados da pesquisa CNT/MDA sobre eleições de 2018, da semana passada, Lula que se cuide. A trégua que havia em razão dos escândalos mais recentes envolvendo pessoas próxima a Temer, acabou. O recado que vem das ruas, o governo não esperava (*). Para as forças que se juntaram para derrubar Dilma, agora o alvo volta a ser Lula. Não importa se tem ou não fato novo, o que não pode é Lula estar bem na frente dos demais: no primeiro e segundo turno!

Segundo a pesquisa divulgada na quarta-feira, o índice de rejeição a Temer vem crescendo desde sua posse: em junho era 40%, depois subiu para 51% e agora está em 62%. Apenas 10% avaliam o governo como positivo.

Enquanto isso Lula não para de crescer: na espontânea foi de 11% para 17%. No segundo turno Lula venceria Aécio por 39,7% a 27,5%; bateria Marina por 38,9% a 27,4%; derrotaria Temer por 42% a 19%.  Os números devem ter deixado todos os envolvidos com o impeachment de Dilma de cabelo em pé. O risco de perder o poder  - que conseguiram por vias transversas - pode chegar pelas urnas antes do que esperavam.

Como tem muito em jogo, Lula que se cuide. Ganhar seis pontos percentuais na consulta espontânea, depois do bombardeio que passou, significa muito. Quem acompanha o humor das ruas sabe disso. A continuar assim, a "gatalhada"(*) sai de cena e voltam a requentar antigas denúncias contra Lula: o sítio e o pedalinho dos netos.

(*) A "gatalhada" que me refiro, fazem parte centenas de pessoas: agentes públicos e empresários corruptos, políticos da pior espécie com milhões de dólares no exterior, laranjas e doleiros com casas, carros e lanchas de luxo. Sem falar naqueles que escondem o que saquearam em cofres abarrotados  de barras de ouro, joias e diamantes. A "gatalhada" que me refiro, não compra pedalinho para neto e muito menos cota de apartamento de cooperativa. Essa turma não compra pôster na livraria, compra obra de arte para lavar o dinheiro da corrupção. 

PS -" No mundo desses senhores não existe gente, não se levam em conta as reações populares a medidas econômicas, muito menos experiências de sofrimento social e revoltas políticas contra processos de empobrecimento do povo. Na verdade, estas pessoas são atualmente cúmplices de um governo cuja única preocupação é se blindar e escapar da cadeia". (Vladimir Safatle FSP 17-2)



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