Na semana passada, o PSOL protocolou uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo para que o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava-Jato na Corte, reconsidere a decisão de não apurar crimes supostamente cometidos pelo presidente Michel Temer (*).
Por tudo que está sendo investigado e divulgado, mesmo sem ser advogado, me causa estranheza que crimes supostamente cometidos pelo presidente Temer não possam ser apurados. Independente do entendimento do ministro Edson Fachin sobre o pedido de reconsideração, a iniciativa do PSOL vem em boa hora.
Não dá para se esconder mais nada. As próprias movimentações suspeitas de Temer com Cunha para afastar Dilma, não sobreviveram no tempo, vieram à tona com as delações (**). A cada dia que passa fica mais claro que Dilma não foi afastada por suas "pedaladas"(**). Um golpe palaciano, com os inimigos compartilhando de sua mesa e do seu teto(***). Aliás, daria uma bela minissérie. Só não sei se há interesse da Globo.
(*) Leia mais utilizando o link http://www.valor.com.br/politica/4936382/psol
(**) “O verdadeiro diálogo ocorrido sobre o impeachment com o então vice-presidente, às 14 horas da segunda-feira 30 de novembro de 2015, na varanda do Palácio do Jaburu, 48 horas antes da aceitação da abertura do processo de impeachment, foi submeter a ele o parecer preparado por advogados de confiança mútua. Foi debatido e considerado por ele correto do ponto de vista jurídico”, diz Cunha. (Fonte: Estadão 18/4)
(***) Enquanto Temer amarga 5% de aceitação, Dilma continua pedalando sua bicicleta nos parques de Porto Alegre. Até onde sei, sem xingamentos. Uma mulher guerreira: sobreviveu a dois golpes.
Um comentário:
Corretíssimo. As investigações e possíveis punições não podem ficar restritas à um partido ou a apenas um grupo de pessoas. Acredito que é nítido que alguns político (Temer se inclui) estão sendo poupados e tenho medo até de pensar no motivo para isso.
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