quinta-feira, maio 25, 2017

O povo cansou: que saiam todos!

No mesmo dia que o presidente Temer perdia seu quarto assessor, Sandro Mabel (*),  as centrais sindicais protestavam contra as reformas na Esplanada dos Ministérios. Na Câmara, o presidente Rodrigo Maia se desdobrava para explicar as razões pelas quais ainda não tinha se manifestado em relação aos pedidos de impeachment de Temer. (**)

A caminhada corria normalmente até se aproximar do Congresso. Impedidos de avançar pela PM, os manifestantes reagiram e o confronto aconteceu. Na Câmara e no Senado os debates também fugiram do controle e Brasília literalmente pegou fogo. O caos  se estabeleceu e a pedido de Rodrigo Maia (?), Temer autorizou por decreto a utilização das Forças Armadas. A reação ao decreto foi imediata. Exercito na rua é uma medida extrema, que não traz boas recordações.

No Rio, na Assembleia Legislativa, os protestos contra o aumento na contribuição previdenciária dos servidores públicos, de 11 para 14%, também terminou em confronto (***).

O que se percebe de tudo isso é que a paciência se esgotou. Governantes sem moral, se agarram ao que podem para permanecer nos seus cargos. O povo está cansado de tanta desfaçatez e cada vez mais indignado. E com toda a razão: que saiam todos!(****)

(*) Antes de Sandro Mabel, que pediu as contas ontem, já tinham saído sob suspeita: José Yunes, Rocha Loures (o homem da mala) e Tadeu Filippelli. Todos auxiliares diretos de Michel Temer.

(**) Sobre a Mesa da Câmara, descansam 12 pedidos de impeachment. O paciente presidente Rodrigo Maia, já disse que não tem pressa.

(***) Sempre é bom lembrar que quem governava o Rio está preso. E quem governa, também corre o risco. Os servidores estão cobertos de razão em protestar. Salários e décimo terceiro em atraso é uma provocação aprovar um reajuste na contribuição previdenciária.

(****) A crise política se agrava a cada dia. A situação é insustentável. O presidente e as pessoas mais próximas nos envergonham. Que saiam todos.

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