segunda-feira, maio 15, 2017

Um ano de Temer: nada a comemorar.

O tempo não para: já faz um ano que Temer, Eduardo Cunha e um grupo de parlamentares afastou Dilma da presidência. O que a história sempre vai cobrar de Temer é sobre a opção que fez. Afinal, não é comum vice armar contra o próprio presidente. Golpes acontecem pelo mundo afora, sempre associados a manobras oposicionistas pela busca do poder.

No Brasil foi diferente: tão logo saiu o resultado das urnas começaram as tratativas para tirar Dilma.  Desarticulada e mal assessorada, Dilma não percebeu que os inimigos moravam sobre o mesmo teto. Só quando a casa desabou é que se tornaram evidentes as articulações de Temer para chegar ao poder. O resultado todos sabem: com o apoio de Cunha e seus seguidores (*) o Palácio trocou de mãos. As ruas esvaziaram, o Pato da FIESC se escondeu e as panelas pararam de bater.

Um longo e sofrido ano se passou. Nada mudou. As perspectivas são sombrias e o desencanto de todos é real. O desemprego e o empobrecimento caminham lado a lado. As pessoas em geral estão desmotivadas e acima de tudo preocupadas. Sentem que o nosso bom momento passou e o que vem pela frente são dias sombrios.

Embora Temer venha mantendo sobre pressão e agrados, a fidelidade dos congressistas que tramaram contra Dilma - o momento é outro. Acuado pela desconfiança sobre as reais intenções do governo e por sua falta de  legitimidade, a popularidade de Temer desaba. As reformas, ao contrário do que o governo insiste em dizer, em nada irão ajuda-lo. O povo, que de bobo não tem nada, não comprou a ideia. Afinal: "gato escaldado sabe como ninguém onde a corda arrebenta".

(*) Cunha, o líder do grupo, está preso. E parte da sua turma aguarda a vez.

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