segunda-feira, julho 10, 2017

A discreta presença do Brasil no G 20

Ninguém consegue brilhar com a vida mal resolvida. A maior prova disso foi a patética passagem de Temer no encontro do G20, na Alemanha (*). Suas preocupações estavam milhares de quilômetros dali. Suas prioridades tem nome e data: Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, novas delações a caminho (Eduardo Cunha, Funaro, Geddel, Loures e outros "amigos"), a ameaça de afastamento do PSDB, as movimentações de Rodrigo Maia para ficar no seu lugar e as novas denúncias do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Imaginem vocês que com esse tsunami batendo na porta do Temer, se ele vai ter compromisso com as mudanças do clima. 


Diante disso, o que restou para o Brasil foi uma presença para lá de discreta. Temer voltou antes do encerramento. A cadeira ficou vazia. Temer acabou inovando: criou o  G19.

Quanto a Trump, o outro "T" do encontro, seu isolamento ficou evidente. Todos os demais líderes do  G20 fecharam posição em relação os termos e metas estabelecidos no Acordo de Paris. (**) 

(*) Antes de protagonizar mais um vexame internacional, saindo da reunião do G20 antes do fim, Michel Temer foi ao Twitter para dizer que recebeu elogios de Donald Trump; Trump “elogiou o desempenho da economia brasileira”, postou Temer (Fonte: Portal 247)

(**) "Um dos meus maiores defeitos é o otimismo. Consigo ver vantagem, por exemplo, em termos um boçal na Casa Branca. E um denunciado no Palácio do Planalto" (Fábio Zanini)

PS -  Temer e Trump,  dois casos de descaso com a reunião do G20 que não nos surpreende. Pelo que fizeram, nem podia ser diferente. O primeiro, pela maneira como chegou ao poder, não  tem clima para discutir o clima. O segundo, pior ainda: se nega a participar do Acordo de Paris, compromisso firmado pelo seus país. Perante os olhos do mundo, saíram do encontro menores do que chegaram.

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