Inicialmente Temer tinha descartado sua ida no G 20. Depois voltou atrás. Ainda bem. Por mais que Temer esteja enrolado, não dá para ficar de fora de um encontro onde - entre as prioridades - estão iniciativas globais em defesa do clima.
O Brasil pela sua extensão e diversidade, não pode deixar de ser um importante protagonista no Acordo de Paris. Pela experiência que tive na Câmara, até reconheço que temas de médio e longo prazo não recebem o acolhimento que deviam dos parlamentares. O imediatismo, a verba das emendas e o voto na próxima eleição, salvo as exceções de sempre, é o que move o Congresso. Temer, melhor do que ninguém, sabe disso. Sua sobrevida está lá e não no encontro do G 20.
No entanto, como nos lembra Clóvis Rossi, "mesmo Temer não sendo exatamente um estadista que o mundo esteja louco para ouvir", o presidente do Brasil não pode ficar fora desse encontro. Nesse momento o que está em jogo como deixou claro a anfitriã da cúpula, Angela Merkel: é o Acordo de Paris. O que fazer com o mais ambicioso tratado para enfrentar as mudanças climáticas, sem a presença dos EUA. Independente do que pensa Trump (se é que pensa), Merkel afirma: "o Acordo é irreversível e inegociável".
Para finalizar, como registro e reflexão, novamente recorro a Clóvis Rossi: "Se houvesse um presidente internacionalmente respeitado, seria mais uma voz a juntar-se, por exemplo, aos europeus para tentar convencer Trump de que o aquecimento global é uma ameaça existencial. Em vez disso, uma cadeira vazia, todo um símbolo do Brasil de hoje".
Nenhum comentário:
Postar um comentário