terça-feira, agosto 15, 2017

Quem prega a violência alimenta o ódio

A ameaça de Trump de promover uma ação militar dos Estados Unidos na Venezuela, não pode cair no esquecimento. Uma das características do presidente americano é falar o  que não deve, para  ver como é que fica. Só que: quem prega a violência alimenta o ódio. E  o  que a humanidade não precisa é de gente assim. A violência está no cotidiano das pessoas: em casa, nas ruas, no trânsito, nos hospitais  e nas escolas. Parte em razão da ausência do Estado, parte pelo desencanto das pessoas com a vida. Um quadro desanimador, que os políticos não se sensibilizam porque boa parte deles só tratam dos seus interesses.

Mas voltando a Trump, motivo do comentário. Depois de ter ameaçado a Venezuela, no sábado o mundo assistiu mais uma explosão de ódio e violência. Só que dessa vez não foi nas ruas de Caracas, mas em Charlottesville, uma importante cidade universitária, na Virgínia. Os confrontos se estenderam no domingo e o clima por lá continua tenso. No seu clube de golfe em Bedminster, Trump deu uma breve declaração aos jornalistas, minimizando o ocorrido. Precisou o senador republicano Cory Gardner, do seu partido, dar a devida dimensão da gravidade do ocorrido: "Presidente, precisamos chamar o mal por seu nome. Foram supremacistas brancos, e o que aconteceu  foi terrorismo doméstico".(*)

(*) -  Enquanto Trump encobria o "terrorismo doméstico", sua filha, Ivanka Trump, foi muito mais dura que o pai. Se manifestou no Twitter: “Não há lugar na sociedade para o racismo, a supremacia branca e os neonazistas.". Um belo exemplo. Costumo dizer que toda a vez que um filho se mostra melhor que o pai, renasce a esperança. Afinal, pela ordem natural da vida, serão eles que terão que corrigir nossos erros. Diante das duras criticas em casa, dentro do próprio partido, nas redes sociais e nos principais meios de comunicação, dentro e fora dos Estados Unidos, ontem Trump voltou atrás. O presidente dos EUA declarou que neonazistas e supremacistas brancos são "repugnantes".    

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