quarta-feira, agosto 23, 2017

Uma boa e uma má notícia

Diante tanta notícia ruim, como o continuado desmatamento que nos envergonha, a opção que fiz foi  iniciar o comentário do dia - com uma boa nova. Poucos sabem, mas quem está em São Paulo é o ônibus elétrico da UFSC. Além de passar por uma revisão de rotina, também vai ser apresentado à Prefeitura de São Paulo como uma opção brasileira para uma eventual licitação de ônibus elétricos. O projeto exitoso, coordenado pelo professor Ricardo Ruther da UFSC, é pioneiro na América Latina. Contou com a parceria da MarcoPolo, WEG, ELETRA, Mitshubish e Mercedes Benz.

A iniciativa é mais do que valida. O controle da poluição nas grandes cidades, é urgente. E o ônibus elétrico é uma das alternativas. Claro que ainda vamos ter que percorrer um longo  caminho. O que separa um projeto piloto e a produção em larga escala, basicamente, é a necessidade de grandes  investimentos. Agora, a hora é de politicas públicas que incentivem a tecnologia mais limpa. E cabe ao governo tomar essa decisão. 

Quanto a notícia ruim, é a anunciada venda da Eletrobrás. Novamente abordo o tema, por entender que: falta debate, estudo e o risco de se perder o controle sobre a politica energética do pais. O Estado ficar refém de grupos privados num setor vital para o desenvolvimento - é o maior dos equívocos.  Não conheço o ministro de Minas e Energia, mas conheço o governo que ele faz parte. O motivo da venda, não é outro do que cobrir as contas que não fecham. Para justificar o que estão fazendo, uma inverdade: as tarifas vão baixar. Nada foi apresentado nesse sentido.(*)

(*) Para atualizar o comentário: Temer decidiu se desfazer da Eletrobrás, 20 dias atrás. O ministro das Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, segundo a imprensa, foi contra. Temer argumentou que precisava de uma pauta positiva. É dessa forma que Temer governa. Depois da delação de Funaro, uma nova "pauta positiva" deve estar sendo preparada.  

PS- Ontem as ações da Eletrobras tiveram a maior alta na bolsa. Sinal de confiança no governo: não! Percepção dos investidores de um bom negócio. Só isto, já nos faz pensar: para quem?  


Nenhum comentário: