quarta-feira, dezembro 06, 2017

E agora, o que vão fazer com o TEMER?

Na mesma pesquisa da Datafolha comentada ontem no blog, que sinalizava a possibilidade de Lula já ganhar no primeiro turno, Temer aparece com 1% das intenções de voto. No entanto, quando precisou dos "representantes do povo" para se safar das denúncias da PGR, se saiu muito bem: obteve a maioria dos votos. Bem coisa da condenável prática politica que vivenciamos, onde partidos proliferam que nem erva daninha, com intuito de abocanhar  cargos e verbas. Na hora de votar, o que vale é a barganha. Quanto descaso com a vontade do povo. Como já dizia Paulinho da Viola, em prosa e verso: "A vida não é só isso que se vê. É um pouco mais". 

Temer, por tudo que fez, sabe muito bem o papel que a historia lhe reserva. Sua  rejeição é crescente e se agravou depois do impeachment, quando mostrou seu jeito de governar e de fazer politica. Os dados da ultima pesquisa confirmam o completo abandono de quem o apoiou. Decepções à parte, a vida segue. O legado que fica é o pior possível. Dependendo do setor, e da dimensão do desatino, gerações inteiras irão sofrer suas consequências. 

O que a sociedade começa a perceber é que o problema da gestão Temer, não se limita aos denunciados que o acompanham. E tão pouco a juízes e promotores que possam ter  blindado o presidente das denúncias que recaem sobre si. O que preocupa é sua definição de prioridades para se manter no cargo. Para obter votos, vale tudo: até nossos compromissos externos com as metas climáticas, que o país impôs a si mesmo na âmbito do Acordo de Paris, não passam de palavras ao vento. 

Prova maior disso é a Medida Provisória 795, aprovada na Câmara dos Deputados, na última quarta,  dia 29, que concede incentivos fiscais ao setor de óleo e gás (principal responsável pela emissão de CO² no planeta). Uma vergonha para um país que se comprometeu com o mundo de que reduziria suas emissões de carbono em 37% até 2025 e em 43% até 2030.

PS- Além de regredirmos nas metas climáticas, estudos iniciais da MP 795 apontam para uma profunda renúncia fiscal para beneficiar a indústria do petróleo até o ano de 2040. Enquanto isso, o gás de cozinha já aumentou 84%. Pasmem, só neste ano.......  

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