Na mesma pesquisa da Datafolha comentada ontem no blog, que sinalizava a possibilidade de Lula já ganhar no primeiro turno, Temer aparece com 1% das intenções de voto. No entanto, quando precisou dos "representantes do povo" para se safar das denúncias da PGR, se saiu muito bem: obteve a maioria dos votos. Bem coisa da condenável prática politica que vivenciamos, onde partidos proliferam que nem erva daninha, com intuito de abocanhar cargos e verbas. Na hora de votar, o que vale é a barganha. Quanto descaso com a vontade do povo. Como já dizia Paulinho da Viola, em prosa e verso: "A vida não é só isso que se vê. É um pouco mais".
Temer, por tudo que fez, sabe muito bem o papel que a historia lhe reserva. Sua rejeição é crescente e se agravou depois do impeachment, quando mostrou seu jeito de governar e de fazer politica. Os dados da ultima pesquisa confirmam o completo abandono de quem o apoiou. Decepções à parte, a vida segue. O legado que fica é o pior possível. Dependendo do setor, e da dimensão do desatino, gerações inteiras irão sofrer suas consequências.
O que a sociedade começa a perceber é que o problema da gestão Temer, não se limita aos denunciados que o acompanham. E tão pouco a juízes e promotores que possam ter blindado o presidente das denúncias que recaem sobre si. O que preocupa é sua definição de prioridades para se manter no cargo. Para obter votos, vale tudo: até nossos compromissos externos com as metas climáticas, que o país impôs a si mesmo na âmbito do Acordo de Paris, não passam de palavras ao vento.
Prova maior disso é a Medida Provisória 795, aprovada na Câmara dos Deputados, na última quarta, dia 29, que concede incentivos fiscais ao setor de óleo e gás (principal responsável pela emissão de CO² no planeta). Uma vergonha para um país que se comprometeu com o mundo de que reduziria suas emissões de carbono em 37% até 2025 e em 43% até 2030.
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