segunda-feira, março 05, 2018

Prisioneiros do atraso (parte II)

Não costumo repetir o assunto, só mesmo quando há necessidade de mais informações, quando há interesse das pessoas pelo tema ou então pela relevância da matéria. Foi exatamente o que percebi em relação ao meu comentário da última sexta-feira: "Prisioneiros do atraso". As três condições foram preenchidas. (foto abaixo: sexta, final de tarde, trevo da Dona Benta)


1- A necessidade de mais informações - Pouco se sabe do que a Prefeitura pretende realmente fazer para resolver o problema da mobilidade urbana. Promessas não bastam. A situação se agrava a cada ano. 

2- O  interesse das pessoas -  O blog é um registro diário que faço. Quem acessa são pessoas interessados em ler minhas observações. No último final de semana  mais de mil leram o comentário - "Prisioneiros do atraso".

3-  Mobilidade urbana, um tema relevante - A falta de atenção com a mobilidade das pessoas, não pode perdurar. A gravidade do tema exige um debate permanente. O mais técnico possível, identificando e implantando medidas de curto, médio e longo prazo, que olhem para o futuro de Florianópolis e o bem estar dos que aqui vivem. .

Enquanto no trânsito as pessoas se sentem prisioneiras nos seus carros parados, em casa estão presas pela violência que anda solta. As duas situações são inaceitáveis e exigem vontade política, planejamento e  investimentos. Em Florianópolis, infelizmente, não é isso que se vê.

Relendo meu pronunciamento em solenidade realizada pelo Tribunal Regional Eleitoral, no CIC, no dia 18/12/2000, por ocasião da diplomação dos vereadores eleitos de Florianópolis, separei um trecho que bem retrata nossas atuais preocupações:

  "É exatamente dentro da compreensão do que são as demandas de uma cidade, e como elas se apresentam no tempo, que o Poder Público, planejadores e legisladores devem se situar e desenvolver suas atividades. Neste campo, ninguém é dono da verdade e o sistema decisório deve ser sempre o mais aberto possível, revitalizando e incentivando a relação entre o indivíduo, o coletivo e a natureza. Ter sempre presente que em qualquer ato, por menor que seja, a cidadania tem que ser respeitada."

PS- Austin, a capital do Texas, onde estive recentemente, é uma das cidades com maior número de carros por habitantes.  Sua população é o dobro da de Florianópolis.  No centro da cidade, não se vê engarrafamento, na saída da Universidade do Texas, com 56 mil alunos, também não. Estacionar nas ruas centrais, nem pensar. As grandes rodovias que cruzam os EUA, passam ao largo de Austin, sem interferir no trânsito local. No aeroporto, se chega por uma via rápida. O transporte público é de ótima qualidade.  

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