segunda-feira, março 12, 2018

Um resumo do país em uma página de jornal

Antes de embarcar para Chapecó, onde me aguarda uma agenda bem corrida, por acaso encontrei  numa única página de jornal - um retrato fiel de um país sem  rumo. E por coincidência, todas as notícias e opiniões publicadas  coincidem com o que sinto nas ruas. (FSP 10/3)

- "Quanta abnegação e espírito público. Naquele que é provavelmente o pior momento da história recente do Rio - caos econômico e administrativo, profunda crise moral, soberania reduzida enquanto durar a intervenção militar -, a lista de candidatos ao governo do estado não para de crescer".(*)

- "A judicialização da política veio para ficar, dando, por extensão, muito maior relevância à mídia. O partido da justiça e os meios de comunicação tomaram uma parte do poder". (**)

- "Acusações, inquéritos, sentenças e recursos tornaram-se tão centrais quanto propostas macroeconômicas. Resta saber se, em meio a coletes blindados, denúncias e togas, a soberania popular conseguirá sobreviver". (***)

- "O ex- ministro Delfim Netto, teria recebido do consórcio  Norte Energia R$ 150 milhões, por seus serviços para a usina de Belo Monte. A defesa de Delfim diz que ao valores recebidos são referentes a honorários de consultoria prestada  e que ele não cometeu nenhum ato ilícito". (****)

(*) Depois de tudo que fizeram com o Rio, ainda querem mais. O Rio não merece tanta cara de pau.. Que o eleitor carioca afaste, definitivamente, os abutres da vida pública. 


(**) Você já se deu conta, que agora quem pauta o noticiário é  o Poder Judiciário. E que ministros do Supremo viraram celebridades.


(***) A soberania popular é a  base da democracia. Sem Lula, a legitimidade da eleição que se avizinham vai ser questionada. Aqui dentro e lá fora. Os anos se passaram e as provas não apareceram. Por enquanto está tudo amarrado a um delator, Leo Pinheiro. Que aliás, em 2016 já tinha inocentado  Lula. Ao que consta,  depois o delator optou por colaborar visando uma redução da pena.


(****) Delfim Netto circula pelo poder há mais de 50 anos. Tornou-se famoso por pregar "o aumento do monte", para só então distribuir. O monte até que cresceu, mas a partilha só chegou nos de sempre. Agora, Delfim está envolvido com um outro monte, Belo Monte. Que ironia.   



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