terça-feira, maio 29, 2018

Greve dos caminhoneiros: lições e preocupações.

Que alívio, Temer declarou que "está convencido que a greve acaba hoje". Como o presidente não tem sido feliz nas suas declarações, vale a pena aguardar. O sufoco vai continuar, mesmo com o fim da paralisação. Sobre o preço do diesel, por exemplo, determinante na mobilização dos caminhoneiros, não se tem governabilidade. Depende do preço do petróleo, do dólar e de uma série de impostos. Por outro lado, os caminhoneiros se surpreenderam e ganharam força com o acolhimento que o movimento teve de boa parte da sociedade. Penso que o governo também não esperava por isso. 

Pouco se sabe sobre o que vem daqui pra frente. O governo Temer está cada dia mais enfraquecido. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e do  Senado, Eunício de Oliveira,  importantes na blindagem das denuncias contra Temer no Congresso,  agora não escondem a distância que os separa. A greve expos a fragilidade e o despreparo do governo. O país ficou refém de uma categoria que desconhecia a sua própria força. E que pode, com a experiência que teve, a qualquer momento reproduzir  protestos semelhantes. A greve dos caminhoneiros é um dado novo no tabuleiro das incertezas que nos esperam. E essa em particular, nos deixa: lições e preocupações.

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