quarta-feira, junho 13, 2018

Carros elétricos: até o final da década muita coisa vai mudar

Recentemente a prefeitura de Paris anunciou que a partir de 2020 vai proibir  a circulação de carros a diesel na capital francesa. Na Alemanha, carros a diesel nem pensar. O prazo de validade também é 2020. E olhem que lá representam 40% da frota. Na Suécia, terra da Volvo, um dos carros mais cobiçados do mundo, a orientação é a mesma. A partir de 2023, quem quiser ter um Volvo - só se for elétrico.

O processo da descarbonização das grandes cidades na Europa, Ásia e EUA está em curso. A mobilidade elétrica começa a ser visível. A pressão sobre o fim da emissão de CO² é crescente nos países mais desenvolvidos. Quem polui vem sendo vigiado e multado. Na semana passada, o governo da Alemanha mandou recolher 238 mil carros da Mercedes-Benz, um dos maiores símbolos da industria alemã. O motivo: "o software responsável por gerenciar a filtragem de emissões desliga sem motivo aparente". Para quem não se lembra, algo semelhante ao escândalo da Volkswagen, em 2015. Na época conhecido como "dieselgate", custou cerca de US$ 30 bilhões em multas e outros custos, além da demissão do presidente da companhia. (fonte: Reuters e AFP)

E para nós latinos, a quanto andamos? Infelizmente, atrasados como sempre. As iniciativas são tímidas e desconectadas de uma política regional de mobilidade elétrica. Embora o Uruguai, sede do Mercosul, tenha sido o primeiro país da América Latina a ter uma rede de pontos de recarga para carros elétricos que atende todas as suas rodovias, não vemos no bloco econômico um movimento nessa direção.

O tempo passa muito rápido e uma nova década com profundas mudanças se aproxima, ainda que nossos governantes não percebam.

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