terça-feira, julho 17, 2018

O que vem do campo pra mesa

A capa do DC do final de semana é um alerta. A principal matéria aborda um tema que ameaça a humanidade e dividi opiniões: o que vem do campo pra mesa. A polêmica não é de hoje, só que agora o projeto de lei apelidado pelos ambientalistas de PL do Veneno, está para ser aprovado no Congresso. O Brasil, como se sabe, é um dos países que mais utiliza agrotóxicos. E não custa relembrar duas coisas: convivemos com eles por décadas e é certo que as moléculas dos agrotóxicos chegam até a nossa mesa. O que nos falta é mensurar as consequências.

Segundo especialistas, os riscos para a saúde são maiores no campo do que na mesa. Tanto para quem trabalha como pelo impacto que causam no meio ambiente(*). Longe de deter conhecimento sobre o assunto, como é o meu caso, o tema em si deveria ser do interesse de todos. Afinal, quem se preocupa com a humanidade tem que saber o que o futuro nos reserva. Em breve seremos mais de 10 bilhões de pessoas que precisam comer para sobreviver. E para sobreviver precisarão ter acesso a alimentos de qualidade e em larga escala.

De forma sucinta e direta logo vem a pergunta que não calar: como produzir mais alimento, sem o uso intensivo do agrotóxico e preservando o meio ambiente? Para muitos especialistas, um desafio e tanto. Para Uemerson Cunha, professor da Ufpel, o caminho é a prática conhecida como manejo integrado. Segundo ele, o que falta é essa possibilidade chagar até o produtor. Há um vácuo entre a academia e o produtor rural. Nada diferente do que acontece em outros setores, onde muitas vezes pesquisa e desenvolvimento não conseguem caminhar juntos. Infelizmente.

(*) O risco é bem maior para os que lidam diretamente com os agrotóxicos. Um estudo feito com trabalhadores rurais na Califórnia comprovam a maior incidência de baixo QI, problemas de falta de atenção e alterações no sistema nervoso de crianças." (Fonte:FSP)

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