domingo, abril 21, 2019

Nada é por acaso


No último comentário que publiquei, sem pretensão e conhecimento para aprofundar minha preocupação, citei o medo e a incerteza como política de Estado. A princípio algo impensável para um governo de 100 dias. No entanto o somatório de trapalhadas e a desatenção com elas, pode ser coisa pensada. Na luta pelo poder, nada é por acaso.


Se for assim, todo o cuidado é pouco. Imaginem o risco que corremos diante de um futuro desenhado e projetado dentro dessa lógica maquiavélica, onde não se sabe diferenciar o “mocinho do bandido”. Ou, pior: se há “mocinho” nessa história.


Os desencontros que assistimos nas últimas semanas entre os poderes da República são preocupantes. Uma leitura mais atenta sobre o que está acontecendo, nos faz pensar o pior.  O silêncio que está nas ruas está muito mais associado ao medo e a perplexidade, do que a um sentimento de esperança em relação ao nosso futuro.


A economia, principal termômetro do mundo globalizado, não reage. Como consequência, não há frete para os caminhoneiros e muito menos emprego para boa parte dos trabalhadores. Claro que o governo sabe disso. E também sabe, que: mão de obra informal e a precarização do trabalho formal, são fatais para um regime previdenciário perene e autossustentável. 


A história nos ensina que quando os governantes conhecem o problema e mesmo assim ocultam suas consequências do povo: é porque querem nos manter inseguros e com medo.  Agora, então, com a velocidade da informação, tudo ficou ainda mais fácil: basta tuitar. (*)


(*) Ciro Gomes, 20/4 (Huff Post) : "É orgânico ao  Bolsonaro, na sua compreensão de vida, essa completa falta de comprometimento com qualquer coisa séria".


PS - Comentei no blog, 17/4, o tiro no pé que o presidente do Supremo, Dias Toffoli, deu ao fazer uso da censura. A mídia, juristas, políticos, procuradores e juízes vieram com tudo. Só que a grande maioria deles - se calou - diante da censura prévia do ministro Fux, que impediu a Folha de entrevistar o presidente Lula durante a eleição passada. Nada é por acaso. 



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