quarta-feira, agosto 21, 2019

No Brasil das queimadas e do desmatamento, o descaso com a ONU



                                             Foto: Max Haack/Secom PMS


A hospitaleira Salvador, capital da Bahia de Todos os Santos, mantém sua tradição: recebe de braços abertos as 5.000 pessoas que vieram participar da Semana do Clima. Um evento internacional, promovido pela ONU e muito mal acolhido pelo governo brasileiro. Em nenhum momento a Climate Week para a América Latina e Caribe teve a devida atenção por parte do governo Bolsonaro (*).


A conferência é um encontro preparatório para o Fórum Mundial sobre mudanças climáticas, marcado para dezembro em Santiago, no Chile (**). Independente do que  acha sobre o aquecimento global e suas consequências, o
presidente precisa, devido ao cargo que exerce, ser respeitoso com as instituições às quais o Brasil faz parte, ainda mais se tratando da Organização das Nações Unidas (***).


(*) Para evitar um constrangimento maior, que parece não incomodar o presidente, o prefeito de Salvador, ACM Neto, assumiu as honras da casa. Abriu o evento com essas palavras: "Precisamos superar as discussões ideológicas e partidárias porque esse é um tema que interessa a todos".


(**) O Brasil tinha sido escolhido para sediar o Fórum Mundial do Clima. Bolsonaro, antes mesmo de tomar posse, desconsiderou o compromisso assumido. O Chile acabou ocupando o nosso espaço.


(***) No atual governo, cada dia é uma agonia. Principalmente quando se trata da boa diplomacia. O retrocesso é visível. O Brasil é membro fundador da ONU (24/10/1945). E cabe a nós fazer o discurso anual de abertura da Assembleia Geral da ONU. Aliás, uma tradição que se mantém através dos tempos. E, pasmem: graças ao reconhecimento da organização ao trabalho de um brasileiro, Osvaldo Aranha.




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