domingo, setembro 29, 2019

O preço do gás no Brasil e a energia solar

Durante o longo voo que fiz, de Florianópolis para Austin, na última quinta-feira, deu para ler e entender a doideira que está o mercado do gás natural no Brasil. Não sabia que a situação era tão grave a ponto dos usuários do gás canalizado estarem migrando para o gás de botijão. Uma espécie de volta ao passado, ou melhor de volta ao atraso.

O caso mais emblemático, que acabou motivando a matéria, foi de um restaurante de São Paulo que segundo o proprietário sua conta na Comgás era de 20 mil reais/mês com o gás encanado e decidiu voltar para os grandes botijões de cozinha. Pasmem, vai economizar 8 mil reais por mês.

Não se trata de um caso isolado, mas de um movimento que atinge todos os clientes: comerciais, residenciais e industriais. As justificativas, as de sempre: preço do petróleo no mercado internacional e desvalorização cambial. Só que para quem paga, o gás natural teve um reajuste de 40%, só no último ano. Uma situação que pode por em risco toda a cadeia.

Antes que estenda a preocupação com o gás e a sua politica de preço, o mesmo pode ocorrer com a geração distribuída de energia solar. As ameaças que pairam sobre ela podem desarrumar o setor. Se as condições atuais se modificarem, em função de uma política equivocada, o avanço que se teve pode se perder. Se o usuário não sentir confiança, volta para situação anterior e todos perdem. A Aneel sabe disso. Como também sabe que as baterias do futuro serão mais baratas e mais eficientes. O que a médio prazo irá transformá-lo num produtor de energia autônomo, livre da concessionária,  dos reajustes da tarifa e dos impostos que incidem na conta de luz..Pensem nisso.    

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